*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
A equipe da transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para anunciar os primeiros ministros do futuro governo na próxima semana. Os nomes mais cotados até o momento são o de Fernando Haddad (PT) para a Fazenda e José Múcio Monteiro para a Defesa. O anúncio está marcado para terça-feira (13/12), um dia após a diplomação de Lula e Geraldo Alckmin (PSB) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Uma das primeiras medidas do governo será o desmembramento do Ministério da Economia, chefiado atualmente por Paulo Guedes, recriando os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior. Haddad, que ocupou o posto de ministro da Educação durante boa parte dos governos Lula e Dilma, deve ser anunciado como o novo ministro da Fazenda. Apesar de ser formado em direito, o futuro ministro possui mestrado em economia.
Já o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro está praticamente certo para o Ministério da Defesa. Múcio possui bom trânsito com as esferas militares, que não veem a eleição de Lula com bons olhos e temem que ele retire os privilégios concedidos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A indicação do ex-ministro do TCU indica que Lula deve evitar embates com os militares, no primeiro momento.
Outros nomes
Engajada na campanha de Lula durante o segundo turno, a senadora Simone Tebet (MDB) também é tratada como ministeriável. A emedebista está cotada para ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuidará das políticas públicas e auxílios como o Bolsa Família.
Outro nome forte é o do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), que deve ocupar o Ministério da Justiça. A pasta da Segurança Pública será desmembrada e entregue a outro nome, ainda não cotado.
O governador baiano Rui Costa (PT) está cotado para ocupar a Casa Civil. O diplomata Mauro Vieira pode retornar ao Ministério das Relações Exteriores por indicação de Celso Amorim, chanceler do Brasil durante os governos de Lula. Vieira ocupou o cargo durante o segundo mandato de Dilma Rousseff.
Marina Silva (Rede), deputada federal eleita por São Paulo, deve retornar ao Ministério do Meio Ambiente, posto que ocupou durante o primeiro e parte do segundo governo Lula. Por último, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) deve retornar à Secretaria de Relações Institucionais, atualmente integrada à Secretaria de Governo.