*Da Redação Dia a Dia Notícia
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a desligar cerca de mil militares transgêneros que se identificaram publicamente. A medida, anunciada nessa quinta-feira (8), segue uma diretriz do governo Donald Trump autorizada pela Suprema Corte nesta semana.
De acordo com a nova ordem, aqueles que ainda não se manifestaram sobre sua identidade de gênero terão 30 dias, para deixar voluntariamente as Forças Armadas. O Pentágono também informou que revisará prontuários médicos para identificar militares diagnosticados com disforia de gênero.
Segundo estimativa da rede CNN, cerca de 4.240 militares com esse diagnóstico atuavam em dezembro de 2024 nas Forças Armadas, na Guarda Nacional e na reserva. O número representa uma pequena parcela do efetivo total, de aproximadamente 2 milhões de integrantes.
A diretriz publicada nesta quinta-feira é semelhante a um memorando divulgado em fevereiro, que chegou a ser suspenso por ações judiciais. Na ocasião, cerca de mil militares se identificaram como transgêneros, após a abertura do prazo.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, endossou publicamente a exclusão de pessoas trans. Em publicação na rede X (antigo Twitter), afirmou: “Chega de trans no Departamento de Defesa”. Em conferência anterior, declarou o fim do que chamou de “politicamente correto” nas Forças Armadas.
A decisão vem sendo contestada judicialmente. Um dos casos foi movido pela comandante Emily Shilling, da Marinha, com 19 anos de serviço. Em março, um juiz federal suspendeu nacionalmente os efeitos da medida, alegando que a política de Trump era “excludente, sem fundamento e injusta”.