*Da Redação Dia a Dia Notícia
Em sinalização internacional, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota, nesta terça-feira (07/06), sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na Amazônia.
No texto, o Itamaraty diz que o governo brasileiro tomou conhecimento, “com grande preocupação”, da notícia, e afirma que a Polícia Federal (PF) foi rapidamente mobilizada para atuar na região e tentar localizar os dois, que estão desaparecidos há mais de 24 horas no Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas.
O comunicado cita a possibilidade de crime: “Na hipótese de o desaparecimento ter sido causado por atividade criminosa, todas as providências serão tomadas para levar os perpetradores à Justiça”.
“A PF fez repetidas incursões e tem contado com o apoio da Marinha do Brasil, que se somou aos esforços nos trabalhos de buscas de ambos os cidadãos”, frisa o Itamaraty.
A nota diz ainda que o governo federal seguirá acompanhando as buscas “com o zelo que o caso demanda e envidando os esforços necessários” para encontrar prontamente o profissional da imprensa britânica e o servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A nota foi divulgada um dia antes de o presidente Jair Bolsonaro (PL) viajar para os Estados Unidos, onde participará da 9ª Cúpula das Américas. Há expectativa de que a comunidade internacional reforce as cobranças ao governo brasileiro pelo desparecimento do indigenista e do jornalista na Amazônia. O caso ganhou repercussão internacional na segunda-feira (06/06).
Dom e Bruno se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia fazer algumas entrevistas com integrantes da comunidade que residem no local.
Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o que seria suficiente para a viagem.
Bruno Pereira está licenciado da Funai e atualmente faz parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi). Bruno era alvo constante de ameaças pelo trabalho contra invasores que vinha fazendo juntos aos indígenas.
*Com informações Metrópoles