O governador Wilson Lima afirmou, nesta quarta-feira, dia 14, durante entrevista coletiva, que o Governo do Amazonas solicitou formalmente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um posicionamento oficial sobre uma segunda onda de Covid-19 em Manaus, conforme declarou à imprensa um pesquisador da instituição. O documento foi entregue pessoalmente à direção da Fiocruz, no Rio de Janeiro, pelo titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Marcellus Campêlo, na última terça-feira, dia 13.
“O estado do Amazonas encaminhou formalmente um documento para a Fiocruz, para que ela mostre os números e indique como é que se chegou à conclusão de que está havendo segunda onda de Covid no Amazonas. É importante que ela faça uma manifestação pública não para o governador do Estado, e nem para os secretários, mas faça essa declaração para a população”, destacou o governador Wilson Lima.
O secretário da SES, Marcellus Campêlo, explicou que a Fiocruz vai se posicionar formalmente sobre o assunto, tendo em vista o reconhecimento do fato por parte dos diretores da fundação.
“A Fiocruz é uma grande parceira histórica no estado do Amazonas, e está sendo fundamental no combate à Covid-19. Mas teve essa pauta constrangedora em que um pesquisador, que está sendo apoiado pela Fiocruz no desenvolvimento de sua pesquisa, estava falando em nome da instituição. Os dirigentes da Fiocruz pediram desculpas a respeito do comportamento do pesquisador e entenderam o ofício do governador pedindo uma explicação oficial. Eu entreguei em mãos ao vice-presidente da Fiocruz para que pudessem responder e vão providenciar uma resposta. Evidentemente que a reposta oficial será dada via ofício”, afirmou Marcellus.
As declarações sobre uma nova onda de Covid-19 em Manaus foram feitas pelo pesquisador Jesem Orellana, sem que fossem apresentados números que comprovem sua tese. Os dados divulgados diariamente pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), consolidados principalmente com informações enviadas pelos municípios do Amazonas, não permitem afirmar que há uma segunda onda de casos. A avaliação da vigilância estadual é que o aumento recente de casos está relacionado ao descumprimento de medidas de distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel.