O governador Wilson Lima anunciou, nesta terça-feira (21/04), que o Governo do Amazonas vai utilizar leitos do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que é mantido com verbas federais, para receber pacientes com o novo Coronavírus (Covid-19).
Ele também afirmou que o Estado mantém todos os esforços para estruturar mais leitos clínicos e de UTI no Hospital Delphina Aziz e no Hospital de Combate à Covid-19, localizado na Universidade Nilton Lins, que até a manhã de hoje tinha mais 16 pacientes regulados para atendimento na unidade.
“Temos trabalhado para abrir estruturas para que a gente possa transferir pacientes e desafogar a rede, principalmente nossos SPAs”, afirmou Wilson Lima, durante entrevistas a emissores de TV. Ele detalhou que o Hospital de Combate à Covid-19 está com oito leitos de UTI e clínicos ocupados e que, nesta terça-feira, receberá mais 16 pacientes.
“A gente tem feito um esforço muito grande para conseguir insumos, equipamentos, medicamentos, e, neste momento, como tudo é muito caro, temos que contar com ajuda de parceiros”, completou, ao destacar que a pressão sobre a rede estadual de saúde é alta, sobretudo pelo grande número de pessoas com síndromes respiratórias.
HUGV
Entre os esforços para abrir novos leitos, o governador disse que conversou com a direção do HUGV para acelerar a utilização de leitos da unidade para atender pacientes regulados pelo Governo do Estado.
De acordo com a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, o HUGV disponibilizou para o Estado 18 leitos de UTI e 45 leitos clínicos na unidade.
“A direção do HUGV ressaltou a importância da continuidade da assistência na questão da origem do hospital, que é manter a assistência em neurocirurgia e traumatologia. Mas sinalizou, pela manhã, que iriam colocar a disponibilidade de 18 leitos de UTI mais 45 de leitos de internação. Com isso, o complexo regulador vai demandar para esses leitos, prioritariamente, os pacientes que estão nos SPAs e nas UPAs, para dar um melhor atendimento para esses pacientes”, disse Simone Papaiz, ao explicar que a Secretaria de Saúde só consegue remanejar pacientes quando a unidade hospitalar disponibiliza os leitos no sistema do Complexo Regulador.
Delphina Aziz
No Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, o governador Wilson Lima disse que o Estado já está prestes a concluir a implantação de 100 leitos de UTI na unidade, que é a capacidade máxima desse tipo de leito. Para abri-los, explicou, é preciso ter mais do que o espaço físico. É preciso recursos humanos, equipamentos e insumos que, desde o início da pandemia no mundo, declarada pela Organização Mundial da Sáude (OMS) em março deste ano, são itens disputados mundialmente.
“Quando assumi o governo em 2019, havia apenas dez leitos de UTI, agora já temos quase 100 leitos de UTI funcionando no Delphina Aziz. Na verdade, hoje eu tenho 100 leitos de UTI e alguns, para poder receber pacientes, precisa da chegada de profissionais intensivistas, o que deve acontecer agora nos próximos dias, quando nós teremos a vinda de profissionais, inclusive, de outras regiões”, afirmou o governador.
Necessidade de leitos
A secretária estadual de Saúde afirmou que, de acordo com as estimativas de casos de Covid-19, perto de 5% da população infectada com o vírus necessitará de atendimento de alta complexidade, com recursos de UTI. Por esse motivo, explicou, a Susam soma todos os esforços para ampliar simultaneamente leitos em várias unidades.
“Nós precisamos dar vasão para as unidades que são porta aberta, para que, à medida que esses pacientes cheguem, tenhamos leitos de referência disponibilizados na rede. Então todos os leitos são importantes: Delphina, Nilton Lins, que é nosso hospital de combate, o Getúlio Vargas, a Beneficente Portuguesa, que estamos aguardando a liberação deles, de vagas no sistema”, afirmou Simone Papaiz.