*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A autora de novelas Gloria Perez explicou o motivo de ter aceitado a pena inferior a 20 anos de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz. Eles foram condenados pelo assassinato da filha da autora, Daniella Perez, aos 22 anos, em 1992. Gloria fala sobre o assunto no podcast “Basta Cast”, comandado por Leniel Borel, pai de Henry Borel, criança morta aos 4 anos, em março de 2021.
A autoria explica que nos anos 1990, a Justiça entendia que quem recebesse penas superiores a 20 anos de detenção tinham direito a um segundo julgamento, por isso era comum que os juízes aplicassem penas inferiores a duas décadas de detenção, como foram os casos de Guilherme de Pádua e Paula.
“Então, para evitar isso, os juízes da época não chegavam a 20 anos, eles davam 19 e tanto, qualquer que fosse a gravidade do crime. Por isso que os dois levaram 19 e tanto, não, 40, 30. Então você já tinha essa limitação, e com essa limitação não podendo passar dos 20, porque, veja, nós ficamos seis, sete anos pra conseguir fazer o julgamento, é uma coisa exaustiva, aí vai fazer de novo mais seis, sete anos? Então eu acho que o juiz fez bem de dar uma pena que não justificasse, nem permitisse um segundo julgamento”, afirmou.
No entanto, Gloria acredita que não houve justiça pela morte da filha.
“Agora dessa pena eles cumprem uma parte mínima… Então sempre foi a lei de execução penal o problema, por isso é que quando vem na manchete de jornal condenado a 60 anos de prisão, as pessoas ficam com a alma lavada, só que não vai ficar isso”. Gloria Perez, Mãe de Daniella Perez
Em 2022, o assassinato de Daniella Perez foi relembrado na série documental da HBO Max “Pacto Brutal” com participação de Gloria Perez e Raul Gazolla, viúvo da atriz.