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FVS detecta quase 200 casos de febre oropouche no Amazonas; entenda a doença

Foto: Reprodução

*Da Redação Dia a Dia Notícia

No período de dezembro de 2023 a primeira semana de 2024, a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), detectou 199 casos de febre oropouche. A doença é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim e os hospedeiros do vírus são primatas e bichos-preguiça.

Do total de casos registrados, 94,9% (189) são de Manaus, 2,5% (5) de Presidente Figueiredo, 1% (2) de Maués, 1% (2) de Tefé e 0,5% (1) de Manacapuru. Outra doença monitorada é a febre Mayaro, porém nenhum caso foi detectado.

As doenças são causadas  por vírus com o mesmo nome que identificam as doenças. Os sintomas das duas febres são parecidos com arboviroses, como a dengue e a chikungunya. Não há registro de transmissão de uma pessoa para outra diretamente nos dois tipos de febres. As duas doenças não são de notificação compulsória (obrigatória).

Nesse período sazonal das arboviroses no Amazonas, que coincide com o período chuvoso no estado, uma nota técnica divulgada pela FVS-RCP, inclui orientações para as vigilâncias em saúde municipais, destacando cenário epidemiológico, sintomas, transmissão, diagnóstico, cadastro de amostras, tratamento, além de medidas de prevenção e controle dessas duas febres.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a intensificação da vigilância epidemiológica é uma estratégia de enfrentamento às doenças transmitidas por vetores que tendem a aumentar no período chuvoso. “É preciso que a vigilância em saúde esteja ainda mais sensível. A cooperação entre governos estadual, municipais e a população é importante para fortalecer a capacidade de resposta”, disse.

Febres do Mayaro e Oropouche

Na febre do Mayaro, a transmissão ocorre a partir da picada de mosquitos que se infectam ao se alimentar do sangue de primatas (macacos) ou humanos infectados com o vírus Mayaro. O homem é considerado um hospedeiro acidental, quando frequenta o habitat natural dos hospedeiros e vetores silvestres infectados.

Os casos suspeitos incluem sintomas de febre, dor em articulações, inchaço em articulações, acompanhado de dor de cabeça, dor muscular, irritação na pele espalhada pelo corpo, com exposição da pessoa, nos últimos 15 dias (ou moradia), em área silvestre, rural ou de mata.

Já a febre Oropouche, é uma arbovirose, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim. Outros vetores também podem transmitir o vírus oropouche. Os hospedeiros do vírus são primatas e bichos-preguiça. Os sintomas são semelhantes ao da dengue, como dor de cabeça, dor muscular, dor na articulação, tonturas, náuseas e diarreia.

Prevenção

As medidas de prevenção contra as febres do Mayaro e Oropouche envolve evitar a picada de mosquitos infectados. Ao adentrar em locais de mata e beira de rios (principalmente entre 9 e 16 horas), fazer uso de repelentes, roupas compridas, usar cortina e mosquiteiros em áreas rural e silvestre.

Especificamente sobre a febre Oropouche, a eliminação dos criadouros envolve eliminar os acúmulos de lixo, promovendo limpezas de terrenos, lajes, caixas d’água e cisternas; realizar a vistoria para eliminar qualquer tipo de água parada que propiciem que os mosquitos depositem ovos.

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