A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) emitiu nota, na noite desta quarta-feira, dia 09, em que esclarece fatos sobre a evolução de óbitos por Covid-19 no Amazonas e contesta alegações do pesquisador Jesem Douglas Orellana, divulgadas na imprensa. A nota, publicada às 23h32, na página oficial do órgão, apresenta dados de séries históricas. Segundo o órgão, não há uma aceleração mortes por Covid-19 ou por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como alega o pesquisador.
“A FVS-AM também repudia a postura desrespeitosa do pesquisador em relação à seriedade da Fundação e afirma que as declarações de Jesem não refletem a isenção dos seus pares pesquisadores da Fiocruz”, diz a nota.
Segundo a FVS, dos 148 óbitos divulgados no dia 02 de setembro, 139 que correspondem a 94% do registros desse dia, foram de mortes ocorridas em abril, maio e junho.
“De acordo com as normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, as equipes de vigilância tem um prazo de 14 meses após a ocorrência para encerrar as investigações dos óbitos. Todos os boletins epidemiológicos informam que os dados registrados são preliminares e sujeito à revisão”, conclui.
Pesquisador da Fiocruz diz que Manaus já vive segunda onda de Coronavírus
O epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Douglas Orellana, afirmou que a cidade de Manaus já vive uma segunda onda de contágio da Covid-19. A declaração ocorreu durante entrevista a BandNews Difusora FM, nessa quarta-feira, dia 09.
De acordo com o pesquisador, os dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) estão defasados. “São dados que estão aquém da realidade ou dados não explorados. Se você olhar o número de casos novos pelo método PCR de julho vai ver que é um valor estatisticamente muito menor do valor em agosto. Passamos de 900 casos em julho para quase o dobro em agosto. Isso mostra, pelos dados da própria FVS, que a circulação viral do Coronavírus volta ser ampla e suficiente para caracterizar a segunda onda de doentes e mortes”, enfatizou.
