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“Fui salvo por Deus para fazer a América grande de novo”, diz Trump em discurso de posse

Foto: Reprodução

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proferiu um discurso messiânico para marcar sua volta ao poder nesta segunda-feira (20). Ao abrir seu pronunciamento na cerimônia de posse, o republicano relembrou sua tentativa de assassinato na Pensilvânia, afirmando acreditar que, ao sobreviver, foi “salvo por Deus para fazer a América grande de novo”.

“Aqueles que tentam impedir nossa causa tentaram tomar minha liberdade e, de fato, tomar minha vida. Há apenas alguns meses, em um lindo campo na Pensilvânia, a bala de um assassino atravessou minha orelha. Eu caí, mas eu acredito agora, ainda mais, que minha vida foi salva por um motivo: eu fui salvo por Deus para fazer a América grande de novo”, declarou.

Trump alegou também que “a era de ouro da América começa agora”, e que, “a partir de hoje, nosso país florescerá, e será respeitado novamente em todo o mundo”, e o país se tornaria “a inveja das nações”. O novo presidente ainda citou o Destino Manifesto, doutrina que deu início à expansão do país rumo ao oeste, como parte de sua política de governo. “Vamos perseguir nosso destino manifesto nas estrelas, lançando astronautas americanos para plantar as listras e estrelas no planeta Marte”.

A maior parte do discurso de Donald Trump serviu para anunciar um pacote de medidas que pretende oficializar logo que assumir seu gabinete na Casa Branca. Os itens tratam de pontos essenciais de sua campanha, como políticas de protecionismo econômico, enfrentamento à imigração, reforço da agenda de costumes e retomada da produção petrolífera.

Seu primeiro ponto foi a série de restrições à entrada de mexicanos no país. Será declarado estado de emergência nacional na fronteira, que será militarizada. Os cartéis que controlam o tráfico de drogas no México serão declarados como organizações terroristas estrangeiras, e será instituído o fim do direito à cidadania por nascimento em solo americano, impedindo a incorporação de filhos de imigrantes.

Na área econômica, além das esperadas tarifas de importação, Trump pretende declarar situação de emergência energética nacional, retomando a exploração em massa de petróleo no país. “A América será uma nação manufatureira mais uma vez, e nós temos algo que nenhuma outra nação manufatureira jamais terá: a maior reserva de petróleo e gás do que qualquer país do mundo. E nós faremos uso, nós faremos”.

O presidente ainda planeja revogar o Green New Deal, conjunto de políticas de proteção ao meio ambiente instituído nos Estados Unidos em 2019, bem como o Electric Vehicle Mandate, isenção tributária adotada pelo ex-presidente Joe Biden para expandir a parcela de veículos elétricos em circulação nos Estados Unidos até 2032. O empresário Elon Musk, um dos principais aliados de Trump e futuro ministro do recém criado Departamento de Eficiência Estatal, é um dos principais investidores no país em transporte individual elétrico.

Trump também ressaltou seu plano de romper com o processo regulatório das mídias sociais em seu país, alegando que vai “interromper imediatamente toda censura estatal”, e que “nunca mais o imenso poder do Estado será utilizado para perseguir rivais”. O presidente é aliado dos dois maiores proprietários de plataformas de redes sociais nos Estados Unidos: Elon Musk, dono do X, e Mark Zuckerberg, dono da Meta, empresa que controla as redes Instagram, Facebook, Threads e Whatsapp.

Em seu discurso, confirmou que tentará reforçar a agenda conservadora no sistema educacional, e que adotará a posição oficial de Estado de reconhecimento de apenas dois gêneros. “Nós vamos forjar uma sociedade que é daltônica e baseada no casamento”, reforçou.

Para a política externa, Trump retomou o discurso adotado em 2016 de críticas ao envolvimento em conflitos externos. “Temos um governo que deu patrocínio ilimitado à defesa de fronteiras estrangeiras, mas se recusa a defender as fronteiras americanas, ou pior: seu próprio povo”, apontou. Por outro lado, pretende expandir o investimento nas forças armadas americanas.

Ele ainda ressaltou que pretende alterar a nomenclatura adotada por seu país para o Golfo do México, passando a chamar o território marítimo de “Golfo da América”. Também deixou claro que seguirá com os planos de anexação do Canal do Panamá, principal via marítima entre o Atlântico e Pacífico. O canal foi construído pelos Estados Unidos em 1904, e entregue ao governo panamenho em 1999. “A China está operando no canal, e nós não o demos à China, demos ao Panamá, e nós o tomaremos de volta”, exclamou.

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