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Fórum das Águas discute em live sobre risco de reversão do tombamento do Encontro das Águas

Tombado há 10 anos como patrimônio cultural e natural brasileiro, o Encontro das Águas e seu entorno vem sendo ameaçado em função da movimentação de grupos privados que pleiteiam a construção de um porto para navios de grande porte no local

O Fórum das Águas, organização da sociedade civil que reúne entidades e movimentos ligados à defesa da Água no Estado do Amazonas, promove, nesta sexta-feira, dia 26, às 16h, debate virtual com o tema “Encontro das Águas: 10 anos do tombamento e a luta pela regulamentação”.

Tombado há 10 anos como patrimônio cultural e natural brasileiro, o Encontro das Águas e seu entorno vem sendo ameaçado em função da movimentação de grupos privados que pleiteiam a construção de um porto para navios de grande porte no local.

A live integra a programação de mobilização em defesa do cartão-postal amazônico, que luta por sua regulamentação. O tombamento ocorreu no dia 11 de novembro de 2010, elo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan), resultante das manifestações dos movimentos socioambientais e comunitários. No entanto, pode ser revertido judicialmente e chegou a ser pedido pelo próprio Governo do Amazonas no ano de 2014.

Participam do debate a bióloga Elisa Wandelli, doutora em Biologia Tropical e Recursos Naturais, fundadora do movimento SOS Encontro das Águas, e o antropólogo Ademir Ramos, professor do Departamento de Ciência Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), também co-fundador do SOS Encontro das Águas e do movimento “Grita Brasil: 10 anos Tombamento Encontro das Águas”.

A live será conduzida pelo educador e ambientalista, Valter Calheiros, membro do Fórum das Águas, que também apresentará uma sessão de fotos virtual de sua autoria com registro dos 10 anos do Encontro das Águas.

O objetivo, segundo Calheiros, é mostrar à sociedade a importância da conservação do local pelo impacto estético-paisagístico que ocorrerá na região, o prejuízo do desmatamento de floresta de várzea do rio, margens de lagos, o que poderá afetar também igarapés e nascentes, o risco de derramamento de óleo e dejetos sólidos e líquidos das embarcações, o  revolvimento de sedimentos do leito do rio e taludes, o que afetara a vida aquática do local e populações de botos e peixe-boi, espécies ameaçadas de extinção.

Além disso, ele lembra que o local é área de reprodução, pouso e descanso de espécies de aves locais e migratórias, bem como de peixes como o Jaraqui e outros organismos aquáticos. “Há também uma imensa riqueza de sítios arqueológicos de altíssima relevância, com data estimada de 3 a 5 mil anos que sequer foram estudados ainda”, explica.

A transmissão ocorrerá a partir das 16h pela página do facebook do fórum: fb.com/forumdasaguasam

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