*Da Redação Dia a Dia Notícia
O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), ex-governador do Maranhão e futuro ministro da Justiça no governo Lula, afirmou nesta sexta-feira (16/12) que parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que participaram de atos de vandalismo em Brasília foram identificados. A declaração foi dada em São Luís durante coletiva de imprensa para anunciar novos integrantes de sua equipe no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
“As investigações sobre o que aconteceu na capital do país estão em curso. Já há identificação de dezenas de pessoas que atuaram naqueles atos de terrorismo, violência, intimidação, danos patrimoniais e risco à integridade física das pessoas”, afirmou Dino. Ele assegurou que, mesmo que eventuais investigações não avancem este ano, a apuração terá continuidade com o novo governo.
Os atos violentos ocorreram na noite de segunda-feira (12), na região central da capital federal. Manifestantes golpistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) após a prisão do indígena José Acácio Tserere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os ataques fecharam o Setor Hoteleiro Norte e parte do Eixo Monumental.
Ao menos oito veículos, incluindo cinco ônibus, foram incendiados durante o tumulto. Os golpistas também danificaram vidros de outros automóveis, quebraram mobiliário público e vidros de uma delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal. Até o momento, nenhuma prisão foi decretada.
Bolsonaristas espalham caos em Brasília após diplomação de Lula e prisão de líder indígena evangélico a pedido da PGR
PF cumpre mandados contra manifestantes de atos antidemocráticos no Amazonas
Apreensão
Após as ações de vandalismo em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes determinou uma megaoperação contra empresários suspeitos de financiar os atos antidemocráticos em todo o país desde o fim das eleições.
A Polícia Federal cumpriu mais de cem mandados, sendo dois na cidade de Humaitá, sul do Amazonas. No estado do Espírito Santo, a PF cumpriu quatro mandados de prisão preventiva. Ao todo, os federais apreenderam 29 armas, 7.063 balas, 40 celulares, três HDs, quatro notebooks e nove passaportes.
