Chega ao fim neste domingo de Páscoa (4), ao vivo, a primeira temporada do programa The Voice+, com oito finalistas. O vencedor ganha um prêmio de R$ 250 mil e assina contrato com a gravadora Universal Music.
O programa deve começar às 14h10 e o vencedor vai ser definido pelo voto popular. É necessário de cadastrar para votar.
Serão duas apresentações para cada finalista. Após a primeira canção, os técnicos Daniel, Claudia Leitte, Mumuzinho e Ludmilla escolhem um competidor para representá-los na final. Os quatro que avançarem se apresentam novamente e o público vota em que deve vencer.
A técnica Claudia Leitte participará da final pelo telão. De acordo com a Globo, a cantora teve contato com uma pessoa que testou positivo para a Covid-19. A cantora e todos os envolvidos no programa fizeram testes para a doença, todos com resultados negativos.
“Por precaução e de acordo com os rígidos protocolos seguidos pela Globo, Claudia Leitte não estará presencialmente no palco do programa amanhã nos Estúdios Globo”, afirmou a emissora.
Tentam levar o título os cantores Catarina Neves e Fran Marins (time Daniel); Zé Alexanddre e Vera do Canto e Mello (time Claudia Leitte); Leila Maria e Geraldo Maia (time Mumuzinho); e Dudu França e Sueli Rodrigues (time Ludmilla).
“Está sendo uma seleção difícil para nossos técnicos, pois desde a fase das seletivas a quantidade de vozes talentosas e fortes já era enorme. O público pode esperar uma disputa realmente acirrada, que possivelmente será definida nos detalhes”, diz Creso Eduardo Macedo, diretor artístico do programa.
“Poder conhecer as experiências, a bagagem e a coragem desses competidores realmente foi incrível. Uma coisa que ficou muito clara, para todos nós, foi a união de todos eles e a gratidão por estarem no palco”, afirma o técnico Daniel.
Finalistas
Finalista pelo time Ludmilla, a cantora Sueli Rodrigues, 65, natural de Araçatuba (a 522 km de São Paulo), se destacou ao longo do reality pelo vozeirão potente. Na semifinal, a artista que canta profissionalmente desde 1984 escolheu entoar Jorge Ben Jor e surpreendeu Ludmilla pela potência das notas alcançadas.
Rodrigues afirma que o reality a fez sentir ainda mais viva. “O programa serviu como uma consagração. Nunca tinha tido a chance de cantar em público. Gratidão. Às vezes, por sermos idosos, muitos podem nos ver como acabados, mas fomos reascendidos e podemos sorrir.”
Embora não se considere favorita, Sueli Rodrigues se diz confiante para conquistar entre os quatro finalistas. “O que podemos fazer é dar um grade show. Todos são bons. É ao vivo ainda para ser mais emocionante.”
Vencendo ou não o reality, ela afirma que se mudará para o Rio de Janeiro para morar com seu único filho. E por lá quer trabalhar. “Nessa idade é difícil arrumar lugar que te aceite. Mas vou procurar uma casa bacana para cantar samba de raiz. Curti a fama.”
Músico há mais de 40 anos, o pernambucano de Recife Geraldo Maia, 61, diz que não esperava chegar à final. Na semifinal, ao escolher “Procissão”, de Gilberto Gil, emocionou Mumuzinho. “São oito candidatos fortes, cada um à sua maneira e peculiaridade. The Voice+ foi uma porta realmente que se abriu em nas nossas vidas e que as fez ganhar um sentido mais especial”, diz o técnico.
No último programa, ele terá de ser melhor que Leila Maria, outra forte concorrente, para chegar ao voto do público. “Quem teve a trajetória mais coerente e coesa vai vencer. Vou dar o melhor de mim e fazer o possível para que minha performance retrate o artista que eu sou.”
“Espero colher os frutos da minha participação o quanto antes. Que a gente volte à normalidade e que esses frutos não sejam diluídos”, diz Maia, sobre os planos pós-pandemia.
O sentimento de surpresa por ter chegado tão longe é compartilhado pela cantora Catarina Neves, 82, nascida em Sorocaba (a 99 km de São Paulo). “Nunca tive ousadia nem coragem de entrar num programa desses. Achava algo muito grande para a minha qualidade.”
Daniel, porém, técnico de Neves, a definiu na semifinal como uma artista inabalável após a interpretação de “Travessia”, de Milton Nascimento. “Quando você tem 82 anos o seu futuro é viver o presente. Dizem que quando temos mais de 70 anos estamos fazendo hora extra. Foi uma renovação para todos nós nos sentirmos importantes”, diz Neves, ao lembrar que canta desde quando estava na barriga da mãe.
Dos favoritos ao título, Catarina Neves é a única que não vive só de música. “Não tenho vida de crochê, sou mulher agitada, podo jardim, faço canteiro, planto flores, arrumo minhas orquídeas. Se eu ganhar vou manter minha vida normalmente”, diz ela, que tem um ministério religioso.
Adepto do jazz, do blues e do soul, o cantor carioca Zé Alexanddre, 63, chega muito forte para a decisão. Com vigor no palco, deixa sua técnica Claudia Leitte de boca aberta em toda apresentação. Ela se referiu a ele como “sobrenatural” após seu show com a música “That’s What Friends Are For”, sucesso na voz de Rod Stewart, na semifinal.
“Tem sido uma mistura de adrenalina, apreensão e empenho. Tenho tentado cuidar da mente. Minha rede social aumentou em sete vezes. Os velhinhos estão com tudo”, diz ele, que já gravou a canção “Bandolins” com Oswaldo Montenegro no final da década de 1970.
O artista afirma que já se sente um vencedor e que sua vida já virou de ponta-cabeça. “Tomara que eu ganhe, mas não vou ficar chateado se não acontecer. O mais bacana de tudo é que pude puxar de mim os ritmos que eu mais gosto.”
Quanto ao futuro, ele conta que é difícil prever. Antes da pandemia, ele afirma que fazia 15 shows por mês, mas tudo caiu por terra. Ele torce para que o cenário mude após a exposição. “O momento agora é de plantio. E não existe melhor plantio do que esse no reality. Estamos com a faca e o queijo na mão.”
Audiência
De acordo com dados do Ibope, os primeiros oito episódios renderam um aumento de três pontos de audiência no Rio de Janeiro em relação à faixa nos quatro domingos anteriores à estreia do programa. Ao todo, são 16 pontos de média de audiência –cada ponto do Kantar Ibope corresponde a cerca de 50 mil domicílios.
Em São Paulo também houve um aumento, mas de um ponto, no mesmo período, com uma média de 13 pontos -cada ponto equivale a cerca de 76 mil domicílios. Os índices garantem a liderança na faixa, com folga.
Em comparação com a quinta temporada do reality The Voice Kids, exibida em 2020, a audiência do programa The Voice + foi ligeiramente superior, já que a da atração infantil alcançou média de 12 pontos -a final, que deu a vitória a Kauê Penna, marcou 9 pontos.
Com o sucesso da versão madura, as inscrições para a segunda temporada do reality The Vocie+ estão abertas e podem ser feitas na página do programa no GShow. Segundo o diretor Creso Eduardo Macedo, as redes sociais se transformaram em um termômetro para entender a performance dos programas e demonstram a emoção pela atração.
“O público comenta tudo, lamenta a saída dos seus favoritos, comemora a permanência deles e está sempre presente. É uma satisfação saber que o público gosta tanto do programa quanto nós.”
*As informações são do Diário do Nordeste.