O filme brasileiro A Última Floresta será um dos destaques da programação especial deste Dia Mundial do Meio Ambiente (5). Um dos principais da 10ª Mostra Ecofalante, o longa mostra a vida e os costumes de um grupo indígena Yanomami isolado na Amazônia.
O xamã Davi Kopenawa Yanomami tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os mais jovens são seduzidos pelos bens trazidos pelos brancos. O filme é online e gratuito, segundo a Rede Brasil Atual.
Mais do que isso, A Última Floresta denuncia a presença do garimpo ilegal de ouro no território indígena, que voltou a crescer nos últimos dois anos, com o governo Bolsonaro. E que está colocando em risco a população indígena e a floresta.
Degradação do meio ambiente
Desde 2019 as lideranças Yanomami alertam para um novo e ameaçador aumento de garimpeiros na terra indígena. Somente em 2020, foram identificados 500 hectares de degradação ambiental causado pela atividade ilegal de extração de ouro.
Em entrevista ao site Amazônia Real, Davi Yanomami, que divide a autoria do roteiro com o cineasta Luiz Bolognesi, disse que aceitou que o seu povo fosse mostrado no cinema para mostrar o “erro do povo da cidade”. “Quero mostrar para a sociedade não-indígena que nunca viu o povo Yanomami, de Roraima e do Amazonas, que nunca conheceu, nunca andou ou viu de perto, a realidade como vivemos”, disse.
Em pouco mais de uma hora, a narrativa de A Última Floresta mistura o cotidiano atual das ameaças do garimpo ao meio ambiente e a sedução do ouro e as origens do povo. Segundo ela, o criador Omama pescou com um cipó um peixe em forma de mulher, e se apaixonou por ela. O casal gerou os Yanomami.
A Ecofalante é uma organização não governamental voltada à cultura, educação e sustentabilidade. Produz filmes, documentários e programas de televisão de caráter cultural, educativo e socioambiental. Presta consultorias a projetos nessas áreas. Além disso, trabalha na formação de professores, promove exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais, entre outras atividades.
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Redação: Cida de Oliveira – Edição: Helder Lima