*Da Redação Dia a Dia Notícia
A disputa pela herança de Cid Moreira ganhou mais um desdobramento. Nesta semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Roger Felipe e Rodrigo Moreira, filhos do apresentador, por supostamente terem mentido em depoimento à polícia. Segundo a denúncia, a dupla teria acusado falsamente Fátima Sampaio, esposa de Cid, de se apropriar do patrimônio do jornalista, que faleceu aos 97 anos.
Segundo informações do Diário do Nordeste, agora cabe à Justiça do Rio de Janeiro acatar ou não a denúncia, confirmada pelo MPRJ. Caso seja aceita, os dois filhos podem ser condenados por denunciação caluniosa.
De acordo com a legislação brasileira, o crime ocorre quando uma pessoa informa à autoridade sobre um crime que sabe ser falso, com a intenção de prejudicar outra. A prática pode levar em pena de reclusão de 2 a 4 anos, além de multa.
Em resposta, o advogado de Roger Felipe afirmou ao F5, da Folha de São Paulo, que a denúncia do MPRJ não tem fundamento e que irá recorrer. Nesta última segunda-feira (21), inclusive, ele já teria entrado com um pedido de arquivamento do processo.
“O fato de meus clientes serem indiciados não quer dizer que são condenados. Esse inquérito apareceu do nada”, diz.
Segundo o portal, o profissional também considera entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça para pausar a ação. Segundo ele, provas e testemunhas colhidas pelos herdeiros de Cid não foram levadas em consideração durante o processo.
Denúncias dos filhos
Ao F5, Roger recentemente afirmou que, além do patrimônio, Fátima Sampaio teria se apropriado de imóveis e empresas do marido. “Ela vendia as instalações com valores muito maiores, fazia negociações suspeitas e sonegava esses valores”, declarou.
Roger também relata que o caseiro de Cid o informou que Fátima maltratava o apresentador, oferecendo comida velha e passando longos períodos fora de casa.
O advogado Davi de Souza Saldaño, representante da viúva do jornalista, defende que houve “indignidade” dos filhos de Cid Moreira, um conceito previsto no Código Civil que exclui da herança os que assim são considerados.