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Filho de líder rural de Pernambuco, menino de 9 anos é morto a tiros em atentado

Parede da casa atingida por tiros. Foto: Reprodução/Whatsapp

O menino Jonatas de Oliveira dos Santos, de 09 anos, foi morto a tiros por pistoleiros que atacaram a casa onde ele morava. O atentado era contra o pai de Jonatas, Geovane da Silva Santos, líder rural da ocupação no Engenho Roncadorzinho, localizado no município de Barreiros, interior de Pernambuco.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão ligado à Igreja Católica que busca auxiliar trabalhadores do campo, o crime ocorreu por volta das 21h de quinta-feira (10/12). A CPT informou que sete homens encapuzados e fortemente armados invadiram a casa de Geovane da Silva Santos e atiraram contra ele. Em seguida, os pistoleiros atiraram contra o menino Jonatas, que estava escondido embaixo da cama junto com a mãe. O líder social sobreviveu, mas a criança não resistiu aos ferimentos.

Segundo a comunidade, a casa do líder camponês já foi alvo de outros atentados, que foram denunciados às autoridades. O caso é mais um dos vários conflitos agrários que explodiram nos últimos anos, principalmente durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com dados da CPT, no ano de 2020 foram registrados 2.054 conflitos, representando um aumento de 57,6% em relação a 2018.

O menino Jonatas foi velado nessa sexta-feira (11/02) e enterrado no mesmo dia. A cerimônia foi acompanhada por familiares e amigos, que o homenagearam e pediram justiça.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, deputado Carlos Veras (PT-PE), pediu uma apuração rigorosa às autoridades.

“É estarrecedor saber que uma criança, que tinha um futuro todo pela frente, foi assassinada dessa forma. É urgente que as circunstâncias da morte sejam apuradas e os autores, responsabilizados”, afirmou o parlamentar.

Os membros da comissão oficiaram o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), o secretário de Defesa Social do estado e o procurador-geral de Justiça para acompanhar de perto o caso. Nos documentos, Carlos Veras lembrou que já havia visitado a região em dezembro de 2021, quando recebeu denúncias de camponeses sobre conflitos na região.

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