*Da redação do Dia a Dia Notícia
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou nesta quinta-feira (7) os dados consolidados sobre feminicídio no Brasil em 2023 e revelou que quatro mulheres morreram por dia no país no ano passado por motivos relacionados a sua condição de gênero – ao todo, foram 1.463. É o maior patamar já registrado no País desde 2015, quando a lei que tipifica o crime de feminicídio entrou em vigor e, consequentemente, o crime começou a ser contabilizado. Regiões Centro-Oeste e Norte têm mais casos.
Em todo o país, 10,5 mil mulheres foram vítimas de feminicídio deste 2015, aponta o levantamento. A informação vem à tona na véspera do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
A data tem como objetivo de conscientizar a população sobre a desigualdade e o ódio contra o gênero feminino, assim como celebrar a luta feminista contra estes problemas ao longo da História.
O crime de feminicídio é qualificado como homicídio decorrente de violência doméstica e familiar em razão da condição de sexo feminino, por menosprezo à condição feminina e/ou discriminação à condição da mulher.
Conforme o histórico de levantamento, o número de feminicídios no País cresceu 1,6% em um ano e, em nove anos de medições, só houve pequena em redução 2021. Alguns Estados tiveram aumento superior à média – em São Paulo, o número de mulheres vítimas de feminicídio em 2023 foi 221, um salto de 13,3% em relação a 2022 O governo paulista disse na oportunidade analisar a variação e adotar medidas.
Leia mais: TJAM amplia estrutura de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica
AM foi o 1º em ranking de homicídios de mulheres entre 2020 e 2021
De acordo com o atlas da violência, divulgado no fim de 2023, Amazonas liderou os casos de homicídios de mulheres com 48,2%. Conforme o relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 14 estados registraram crescimento na taxa de homicídios de mulheres. Depois do Amazonas está o Piauí, com 27,7%, seguido e, em terceiro, o Espírito Santo com 22,7%. São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Distrito Federal registraram os menores índices nesse período.