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Fechado por conta da pandemia, Museu da Amazônia está em dificuldades financeiras

Com as portas fechadas para atender a determinação do fechamento de serviços não essenciais no estado do Amazonas por conta da pandemia do coronavírus, o Museu da Amazônia (Musa), em Manaus, está enfrentando dificuldades para pagar o salário de seus funcionários. Sem contar com os valores dos ingressos e da consumação dos visitantes, principal fonte para o pagamento de seus empregados, a instituição tem solicitado doações para conseguir fechar as contas.

Desde o dia 23 de dezembro sem funcionar, o Musa fechou as portas pela segunda vez por conta da pandemia. Durante o primeiro fechamento, que durou dos meses de março a junho, os funcionários receberam o seguro-desemprego e ficaram abaixo dos seus rendimentos habituais. Após a reabertura do museu com público reduzido, em julho, eles continuaram recebendo 50% do auxílio pago pelo governo estadual e a outra metade pela instituição. Com a nova suspensão de suas atividades e do seguro-desemprego, o museu está sem fonte financeira para manter os seus empregados.

“Este último mês finalizou essa possibilidade (seguro-desemprego) que nos ofereceu o governo do Amazonas. Para o próximo mês, a gente não tem informação ainda sobre quais serão e se terá ajuda do governo para enfrentar a pandemia”, conta Filippo Stampanoni Bassi, diretor-científico-adjunto do Musa.

O Musa ocupa 100 hectares da reserva florestal Adolpho Duck e funciona como um laboratório a céu aberto. Foto: Lucy Gomes de Souza.

Bassi considera que a única forma de pagar os funcionários com as portas do museu fechadas é obtendo ajuda de apoiadores.  “Conseguimos fechar com grande dificuldade o mês passado. E a gente está funcionando neste mês de janeiro na incerteza do que vai acontecer. Sem saber como vamos conseguir manter a estrutura tal qual hoje em dia ela é. Vai depender da nossa capacidade de conseguir recursos sem estar aberto”, explica.

Criado em 2009, o Musa ocupa 100 hectares da reserva florestal Adolpho Duck e funciona como um laboratório a céu aberto para que centros de produção de conhecimento desenvolvam pesquisas e capacitem seus alunos. A instituição também faz divulgação científica para seus visitantes por meio de diversos ambientes como trilhas, viveiros de orquídeas e bromélias, aquários, lagos, jardim sensorial e uma torre de 42 metros de altura com vista para as árvores da floresta.

A doutora Lucy Gomes de Souza trabalha no setor de paleontologia do Museu da Amazônia (Musa). Foto: Valter Calheiros

“O Musa tem essa característica única de ser um museu vivo. As cobras, os aracnídeos, as árvores, a própria cultura indígena que está lá representada é vivo. E é óbvio que tem o acervo morto, de paleontologia. Mas tudo isso é exposto no meio da floresta”, afirma a Dra Lucy Gomes de Souza, paleontóloga do Musa.

Dentre os últimos trabalhos desenvolvidos pela instituição estão as reconstrução dos fósseis de Preguiça-gigante (Eremotherium laurillardi), com 3 metros de altura e com quase 5 toneladas de peso; do Superjacaré (Purussaurus brasiliensis), que viveu há 8 milhões de anos com mais de 12 metros de comprimento; e do Amazonssauro (Amazonsaurus maranhensis), que viveu há 110 milhões de anos e tinha 12 metros de comprimento.

Para fazer a manutenção da infraestrutura física, de fauna e de flora do Musa, mesmo de portas fechadas, há funcionários trabalhando no Musa.

“Obviamente o museu está fechado agora. A gente tem uma quantidade de seres vivos, como borboletas, serpentes e orquídeas, dentro do museu que a gente precisa cuidar, alimentar e podar. Todo trabalho de manutenção continua da mesma forma como se o museu estivesse aberto. Nossas despesas continuam iguais”, salienta Bassi.

Campanha de Financiamento

Para dar conta dessa demanda da folha de pagamento dos funcionários, o Musa está recebendo doações na conta bancária com os dados abaixo.

Museu da Amazônia

CNPJ 10.795.098/0001-74

Banco do Brasil – Agência 3053-8 – Conta corrente 37300-1

Código swift para pagamento no exterior: BRASBRRJBHE

Enviar o comprovante para o e-mail dizendo que se trata de uma doação [email protected]

Você pode doar ainda nas campanhas:

Amigos do Musa

Associados do Musa

Amicus Flora

*Foto de destaque: Vitória-régia no Museu da Amazônia (Musa). Crédito: Valter Calheiros.

*As informações são do site Eco.

 

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