O ano de 2020 tem sido de muita nostalgia e poucas novidades. Neste sábado, 13, usuários desenterraram o aplicativo FaceApp, que bombou há exatamente um ano ao envelhecer o rosto dos usuários em fotos. O programa ressurgiu como um dos assuntos mais comentados no Twitter com milhares de postagens em que o gênero das pessoas é alterado nas imagens. Vários famosos como o Lexa, Kevinho, Maisa Silva, Fernanda Paes Leme, Eliana, Gui Araújo, Mc Gui e Flávia Pavanelli entraram na onda.
Fãs também pegaram fotos de seus ídolos famosos e colocaram no aplicativo para ver como eles ficariam com o gênero oposto. Faustão, Luciano Huck, Fátima Bernardes e até o Papa Francisco foram alvos dos usuários.
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O aplicativo está disponível através da Apple Store ou Google Play. Além de alterar o gênero, é possível acrescentar barba, envelhecer e mudar a cor do cabelo. No entanto, nem todos os filtros estão disponíveis gratuitamente, sendo necessária a aquisição de uma assinatura “Pro”.
View this post on Instagramgente KKKKKKKK o que vocês acharam?
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O faceapp não deixou o bolsonaro a cara da Meredith Grey não né KKKKKKKKKKKKK plmds eu sou fã ja assisti muitas vezes, não me cancelem. pic.twitter.com/m9AAKLl9VT
— Agner (@userr___) June 13, 2020
Preocupação com a política de privacidade
Apesar do aplicativo ter viralizado entre os famosos com as mudanças de gênero, o Faceapp não é tão inofensivo como parece.
Segundo o Canaltech, o aplicativo de origem russa, que soma mais de 100 milhões de instalações na Google Play Store, foi alvo de discussões sobre privacidade e ciberespionagem, inclusive sendo investigado pelo FBI, por conta de sua política de privacidade vaga, com muitas brechas que preocupam em relação à proteção dos dados do usuário.
Entre os trechos polêmicos da Política de Privacidade do FaceApp está um que diz o seguinte:
“Usamos ferramentas de estatísticas de terceiros para nos ajudar a mensurar o tráfego e as tendências de uso do Serviço. Essas ferramentas coletam informações enviadas pelo seu dispositivo ou nosso Serviço, incluindo as páginas web que você visita, add-ons e outras informações que nos ajudem a melhorar o Serviço. Coletamos e usamos estas informações estatísticas com informações estatísticas de outros Usuários, assim ela não pode ser usada para identificar qualquer Usuário em particular”.
Ou seja, ao concordar com isso no momento de instalação do app o usuário autoriza que o FaceApp e empresas parceiras possam coletar dados como o histórico de navegação na internet, por exemplo.
Para piorar a situação, a inteligência artificial do aplicativo ainda foi acusada de racismo ao embranquecer pessoas negras a partir de um filtro de “embelezamento” para tornar a selfie do usuário “mais sexy”. Na época, a Wireless Lab OOO, desenvolvedora do aplicativo pediu desculpas publicamente pelo ocorrido.