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Família de Gilberto Mestrinho monta museu virtual para preservar memória do político

Mestrinho chegou a ser conhecido como o JK do Amazonas por seus feitos e realizações no Estado.
Colagem: Marcus Farias/Dia a Dia Notícia

*Lucas dos Santos – Especial para o Dia a Dia Notícia 

Netos do ex-governador e ex-senador Gilberto Mestrinho, falecido em 2009, montaram um museu virtual no Instagram e no TikTok dedicado, segundo a descrição da página, a “preservar a memória política do professor e ex-governador do Amazonas”. Mestrinho esteve no comando do estado por três ocasiões e foi um dos políticos mais populares da história local.

Da escola política de Mestrinho, surgiram nomes como o de Amazonino Mendes – já falecido, Eduardo Braga – atual senador, Omar Aziz – também senador, e outros sem mandatos como Arthur Neto, José Melo e Alfredo Nascimento, que ainda estão em atividade política.

Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo – divulgação internet.

A página mostra vídeos, recortes de jornais, fotografias e histórias de quem conviveu com Gilberto Mestrinho, procurando ir além do político e mostrando seu lado mais humano. Para o portal Dia a Dia Notícia, um de seus netos, o jornalista Rafael Valentim, relatou que montou as páginas junto do primo, Lourenço Mestrinho, justamente por sempre serem abordados por uma pergunta: “se tinha algum lugar para conhecer mais a história dele”.

“Pessoalmente, sempre gostei também de estudar história e política. Mas o que me motivou a iniciar neste momento o projeto foi o filme ‘Ainda Estou Aqui’. Muita gente não sabe, mas Gilberto Mestrinho era deputado federal na época e foi cassado no mesmo Ato Institucional que cassou Rubens Paiva, interpretado brilhantemente pelo Selton Mello”, disse.

Valentim relembra que o avô ingressou na vida pública antes de entrar na política, sendo aprovado em um concurso do Ministério da Fazenda ainda muito jovem de dando aulas no bairro Aparecida. Aos 28 anos, aceitou ser prefeito de Manaus por indicação do governador Plínio Coelho. Em 1958, foi eleito governador do Amazonas pela primeira vez.

Foi ainda deputado pelo Território Federal do Rio Branco – atual Roraima – antes de perder o cargo pelo Ato Institucional Número Um da ditadura militar, que o afastou da política. O neto ressalta que Gilberto “teve a particularidade de ter sido exilado dentro do próprio país”, passando 15 anos longe do Amazonas e fixando residência no Rio de Janeiro.

Após o fim do bipartidarismo, retornou à vida pública e foi eleito governador do Amazonas novamente em 1982 pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi nessa época que inaugurou seu próprio grupo político que permanece nas esferas do poder até os dias de hoje.

Os principais nomes na época foram o prefeito Manoel Ribeiro e o governador Amazonino Mendes, ambos já falecidos. Foi eleito ao governo pela terceira vez na década de 1990 e senador em 1998, permanecendo no cargo até 2007.

Acervo

Valentim relatou que, junto de vários amigos, encontrou um vasto material com memórias de Gilberto Mestrinho, inclusive edições dos jornais O Globo e Estadão que datam das décadas 1950 e 1960, além das extintas revistas Manchete e O Cruzeiro.

“Isso me motivou a ampliar a pesquisa e agora estou compartilhando nas redes sociais o que estou encontrando. A resposta tem sido muito positiva. Muitos comentários de gente que viveu a época e lembra com carinho dele. E dando muita força para a gente continuar”, disse.

O projeto não tem fins lucrativos e é feito no tempo livre de Rafael e Lourenço. A página pode ser encontrada no Instagram na arroba profgilbertomestrinho e no TikTok pelo perfil @gilberto.mestrinho.

 

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