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Facção Família do Norte é alvo de megaoperação nacional no DF, Amazonas e mais 4 estados

Os alvos são ex-integrantes da facção Família do Norte (FDN) que teriam movimentado R$ 200 milhões por meio de empresas de fachada.
Policiais cumprindo mandados contra ex-faccionados | Foto: divulgação/PC /DF

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

A maior organização criminosa do Amazonas, a Família do Norte (FDN), tentou se infiltrar no Distrito Federal com a prática voltada ao tráfico de drogas interestadual, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. Nesta terça-feira, dia 10, pessoas vinculadas à facção foram alvos da operação ‘Dog Head’, desencadeada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor). A facção movimentou R$ 200 milhões em Brasília, aponta polícia.

Os policiais cumpriram 25 mandados de prisão temporária, 51 de busca e apreensão, 27 ordens de sequestros de bens móveis e imóveis e 25 ordens de bloqueio de contas bancárias. O objetivo da operação é enfraquecer o núcleo financeiro da cúpula. As prisões são de envolvidos que operam tanto na venda de drogas no varejo, quanto na comercialização e transporte no atacado, inclusive fornecendo entorpecentes para uma facção criminosa originária do Distrito Federal, o Comboio do Cão. As informações são do Correio Braziliense.

As investigações apontam que a organização criminosa utilizava empresas fictícias na região da Cabeça do Cachorro, no Amazonas, para movimentar grandes somas de dinheiro, direcionadas à compra de drogas e ao fortalecimento das atividades ilícitas do grupo.

A respectiva região fica localizada no extremo noroeste do Brasil, nas divisas com a Colômbia, Peru e Venezuela. A área é estratégica para o tráfico de drogas e serve como ponto de passagem e distribuição de entorpecentes adquiridos pelas organizações criminosas.

Em consequência da investigação, voltada principalmente para a apuração do crime de lavagem de dinheiro praticado pelo grupo, foi decretado o sequestro judicial de um imóvel, veículos e valores em inúmeras contas bancárias vinculadas aos investigados, laranjas e empresas fictícias utilizadas no esquema, visando estancar o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização criminosa. Isto porque a polícia descobriu um esquema sofisticado de lavagem de capitais através de empresas de fachada, que movimentaram R$ 200 milhões destinados à aquisição de drogas e manutenção das operações criminosas.

No DF, as diligências foram realizadas em Brasília e nas cidades de Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga Sul, Samambaia, Grande Colorado (Sobradinho), Gama, Setor de Mansões Park Way, Asa Norte, Riacho Fundo, Guará, Riacho Fundo II, Lago Norte, Vicente Pires, Sudoeste, Cruzeiro Velho, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e Ponte Alta Norte. Em outros estados foram cumpridas ordens judiciais em Goiânia (GO), Senador Canedo (GO), Trindade (GO), Valparaíso (GO), Maceió (AL), Tibau do Sul (RN), Manaus (AM), Tabatinga (AM) e Boa Vista (RR).

A operação Dog Head foi denominada ‘Cabeça de Cachorro’, em referência à região conhecida como Cabeça do Cachorro, na divisa com Colômbia, Peru e Venezuela, no estado do Amazonas. 

*Com informações do Correio Braziliense 

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