Uma exposição em cartaz num shopping da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio, faz um importante alerta para diminuir o preconceito contra as marcas deixadas na pele de pessoas que sofrem de dermatite atópica. A mostra “A Realidade na Pele da Arte”, uma parceria da Sociedade Brasileira de Dermatologia do RJ com a Pfizer, traz as personagens de telas de pintores famosos com as lesões comuns entre os pacientes.
Entre as pinturas famosas estão Mona Lisa e a Dama com Arminho, de Leonardo da Vinci; Moça com o Brinco de Pérola, de Johannes Vermeer; O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli; Narcissus, de Caravaggio; Rosa e Azul, de Pierre-Auguste Renoir; A maja nua, de Francisco de Goya; A semente de Areoi, de Gauguin; Patroclus, de Jacques-Louis David e O Cavalheiro Sorridente, de Frans Hals. Todas foram repintadas com as lesões típicas da doença.
A mostra fica em cartaz no Barra Shopping até o dia 3 de novembro e pretende reforçar a necessidade de tirar o estigma da doença, que impacta diretamente na autoestima dos pacientes. Em alguns casos, as pessoas que têm a enfermidade chegam a desenvolver quadros graves de depressão. A dermatite atópica é uma doença que acomete cerca de 10% da população brasileira. Está associada às alergias respiratórias e, frequentemente, surge na infância com a maioria dos pacientes tendo melhora dos sintomas com o crescimento.
“O prurido (escoriações que podem se tornar inflamadas) é o principal sintoma e pode ser incapacitante, chegando a prejudicar atividades simples diárias e o sono. A principal resposta para o tratamento é o controle da hidratação da pele (impedir o ressecamento e hidratar vigorosamente), e também o tratamento das lesões”, explica a Dra. Ana Luísa Sampaio, coordenadora do Departamento de Medicina Interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ).