As autoridades do Líbano começam a contabilizar as vítimas da tragédia que assolou Beirute nesta terça-feira, 4. De acordo com a agência estatal de notícias do Líbano (NNA), com informações do Ministério da Saúde do País, são pelo menos 50 mortos e mais de 2,7 mil feridos.
O ministro havia dito, anteriormente, que mais de 25 pessoas tinham morrido e mais de 2.500 estavam feridas.
A forte explosão ocorreu na região portuária de Beirute, por volta de 12h30 no Brasil, 18h no horário local. Ainda não se sabe o que causou a explosão. O presidente libanês, Michel Aoun, está reunido com o Conselho Supremo de Defesa do país para uma reunião de emergência no Palácio Baabda, sede do governo local, e convocou o Exército.
Ruas de #Beirute após a explosão. Streets of #Beirut after the explosion. Video download from Twitter. pic.twitter.com/6WRlS5SIte
— Emerson Damasceno (@EmersonAnomia) August 4, 2020
A Cruz Vermelha no Líbano disse que está recebendo milhares de chamadas em seu número de emergência e pediu para que apenas liguem para o número em casos graves.
Hospitais estão recebendo dezenas de pessoas atingidas pela explosão.
Um médico do hospital St. Joseph, a menos de 2 quilômetros da explosão, disse ao jornal britânico The Guardian que dezenas de pessoas que estavam sendo trazidas para serem tratadas não puderam ser atendidas porque o hospital tinha sido destruído.
“Estão trazendo pessoas, mas não podemos tratá-las. Estão deixando-as fora, na rua, porque o hospital está destruído, o Pronto-Socorro foi destruído”, disse ele.
Momento de tensão
O episódio aconteceu em um momento delicado para o País, quando o colapso econômico está reacendendo antigas tensões políticas. Diversas manifestações têm tomado as ruas nos últimos dias contra a forma como o governo tem lidado com a crise econômica, que é a pior desde a guerra civil (entre 1975 e 1990).
O País também aguarda ansiosamente um julgamento, na sexta, sobre a morte do ex-primeiro-Ministro Rafik Hariri em 2005. Os suspeitos do assassinato, feito com um carro bomba, serão julgados por um tribunal da ONU nesta semana.
Também há tensão na fronteira com Israel. O País vizinho afirmu semana passada que impediu uma tentativa do grupo político e paramilitar Hizbollah, sediado no Líbano, de se infiltrar em território israelense.
*Com informações da BBC News