*Da Redação Dia a Dia Notícia
O delegado federal Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal no estado do Amazonas, é um dos nomes cotados para assumir o Ibama durante o novo governo Lula, que inicia a partir de 1º de janeiro de 2023. Saraiva foi retirado da PF do Amazonas após pedir investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles, e o senador Telmário Mota (Pros-RR). Transferido para Volta Redonda (RJ), o delegado chegou a ser candidato a deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, mas não obteve sucesso.
Saraiva afirmou à Agência Amazônia que está à disposição do presidente eleito caso seja convidado. O delegado afirmou que tem esperanças sobre as pautas ambientais com a mudança de governo. Ele também afirma que a gestão de Salles e Bolsonaro provocou uma “hecatombe ambiental”.
“Em toda minha carreira como servidor público, nunca recusei missões em prol do meu País e, especialmente, da Amazônia. Sou um soldado à disposição dos meus comandantes”, afirmou o delegado.
O crescente número de crimes na Amazônia provocou diversas críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Desde o crescimento do desmatamento, queimadas e presença de garimpeiros ilegais até as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. Saraiva defendeu um trabalho conjunto das forças de segurança para coibir as atividades criminosas na região amazônica.
“Para fazer cessar o caos que foi instalado na Amazônia pelo Governo Bolsonaro, serão necessárias medidas emergenciais. Ressuscitar o Ibama e a área ambiental da PF desmontados pelo governo atual”, disse.
O delegado federal citou diversas medidas primárias como o combate à caça ilegal, o comércio ilegal de carnes de animais silvestres, quelônios e a pesca ilegal.
Quem assume o ministério
O Ibama responde ao Ministério do Meio Ambiente na administração do governo federal. Atualmente, um dos nomes mais cotados para assumir a pasta é a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede), que esteve à frente do ministério durante o governo Lula nos anos 2000. Para Saraiva, não há nome melhor.
“Marina Silva é nosso maior expoente em meio ambiente. Seu nome tem reconhecimento internacional, e sua eventual nomeação para o cargo já passa um importante recado à sociedade brasileira e à comunidade internacional de que a Amazônia será levada a sério. Tenho profunda admiração por ela. Acho que não existe nome melhor”, finalizou Saraiva.
Outro nome cogitado por cientistas políticos para a pasta é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador da campanha de Lula durante as eleições de 2022.