*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, passou por audiência de custódia no último sábado (14), dia em que foi preso pela Polícia Federal, e foi levado para um batalhão da Polícia Militar no DF.
De acordo a Folha de S. Paulo, Torres deve prestar depoimento nessa semana. Ele é o primeiro integrante da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a ser preso devido aos ataques terroristas contra o Estado Democrático de Direito e as invasões à Praça dos Três Poderes.
A audiência de custódia foi acompanhada pelo advogado de defesa do ex-ministro, o criminalista Rodrigo Roca, e conduzida pelo desembargador Airton Vieira, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Prisão
Anderson Torres era secretário da Segurança Pública do DF. Ele assumiu o cargo neste ano, após o fim da gestão Bolsonaro, a convite do governador afastado por ordem do Supremo, Ibaneis Rocha (MDB).
No domigo (8) em que aconteceram as invasões terroristas em Brasília, com depredações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, Torres passava férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade em que está o ex-presidente desde antes do fim do mandato.
Torres foi exonerado do cargo no mesmo dia por Ibaneis, quando, devido às falhas na segurança dos prédios públicos, começou a se cogitar a possibilidade de o ex-ministro ter sido conivente com os ataques golpistas.
A prisão dele foi decretada por Alexandre de Moraes na última terça-feira (10), quando também foi ordenada uma busca e apreensão na residência do ex-secretário, operação que encontrou, em um dos armários do imóvel, uma minuta de decreto para constituir estado de defesa e mudar o resultado das eleições de 2022, o que é inconstitucional.
Nas redes sociais, Torres minimizou o achado do documento dizendo que seria levado para trituração e afirmou que voltaria ao Brasil para se entregar à Justiça. “Estou certo de que a verdade prevalecerá”, escreveu.