*Da Redação Dia a Dia Notícia
O rapper e empresário americano Sean Diddy Combs, de 54 anos, foi preso na última terça-feira (17), em Nova York, após uma longa investigação que resultou em acusações graves, como tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição.
Também conhecido pelos nomes Puffy, Puff Daddy e P. Diddy, ele é uma das figuras mais influentes do Hip Hop e acumula três prêmios Grammy, o mais importante reconhecimento da música mundial.
Nos processos judiciais, Diddy é descrito como um “predador sexual violento”. Ele teria usado álcool e drogas para submeter as vítimas a abusos sexuais. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais ao longo deste ano.
A acusação afirma que Diddy “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e encobrir suas ações”.
Por décadas, o magnata da música teria forçado mulheres a participarem de “longas relações sexuais com garotos de programa”, frequentemente sob o efeito de drogas. Os abusos teriam sido filmados. Segundo o promotor Damian Williams, quando Diddy não conseguia o que queria, ele recorria à violência, chutando e arrastando as vítimas, às vezes pelos cabelos.
O caso ganhou destaque em 2023, quando sua ex-namorada, a cantora Cassandra Ventura, conhecida como Cassie, o acusou de drogá-la e de submetê-la a coerção física por mais de uma década.
Ela também alegou que foi estuprada por Diddy em 2018. Um vídeo divulgado em maio, gravado por uma câmera de segurança de um hotel em 2016, mostra o músico agredindo e arrastando Cassie pelo cabelo para impedir que ela saísse do quarto.
O caso de violência doméstica foi encerrado com um acordo fora dos tribunais, mas a partir daí, outras denúncias começaram a surgir. Em dezembro do ano passado, uma mulher afirmou que foi vítima de um estupro coletivo aos 17 anos, com a participação de Diddy.
Apesar das acusações, Diddy se declarou inocente em sua primeira aparição no tribunal. No entanto, o juiz Andrew Carter negou a proposta de fiança de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 275 milhões). A próxima audiência está marcada para o dia 24, e até lá, o empresário continuará preso, sob vigilância especial por risco de suicídio. Se condenado, ele poderá pegar prisão perpétua.