*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O ex-candidato à prefeitura de Coari, Raione Cabral, foi preso em flagrante na tarde desta quinta-feira (21) por ordem do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), após insultar e caluniar o juiz Cássio Borges, relator de um processo que avaliava a elegibilidade de Adail Pinheiro. O incidente ocorreu durante uma sessão plenária transmitida ao vivo.
A prisão foi determinada pelo desembargador João Abdala Simões, presidente do TRE-AM, depois que Raione Cabral desferiu ofensas ao magistrado. “O candidato Raione acabou de insultar, injuriar e caluniar o doutor Cássio [Borges] aqui no plenário, desrespeitando a corte eleitoral”, afirmou o juiz Fabrício Frota Marques, que estava presente na sessão.
A situação ocorreu logo após a Corte decidir, por 4 votos a 2, pelo deferimento do registro de candidatura de Adail Pinheiro. Cabral, que estava acompanhando a sessão, se exaltou e proferiu declarações ofensivas contra o juiz responsável pelo processo. Segundo testemunhas, ele teria afirmado que o juiz envergonhava a Justiça do Amazonas, acusando-o de agir como advogado de defesa de Adail Pinheiro, ao invés de atuar de forma imparcial como magistrado.
A reação de Raione Cabral causou um tumulto no plenário. Apesar de inicialmente ter deixado o local após as ofensas, a ordem de prisão foi cumprida em flagrante, e Cabral foi conduzido pela Polícia Federal. O presidente do tribunal, diante da confusão, determinou a suspensão temporária da sessão.
Após sua detenção, Raione Cabral usou as redes sociais para reafirmar suas críticas ao juiz Cássio Borges. “Estou aqui ainda no TRE-AM, na sala da OAB, após a ordem do presidente do Tribunal em pedir para me deter, após eu ter dito que o relator do processo, doutor Cássio Borges, envergonha a Justiça do Amazonas. Não retiro uma vírgula”, escreveu ele em uma postagem, demonstrando a firmeza de suas declarações.
Cabral continuou a atacar o magistrado, acusando-o de não agir de forma independente no caso de Adail Pinheiro. “O doutor Cássio Borges atuou como se fosse o advogado de defesa de Adail Pinheiro, envergonha a Justiça amazonense”, acrescentou. A postura do ex-candidato gerou uma divisão de opiniões, com alguns defendendo sua liberdade de expressão e outros apontando que as declarações ultrapassaram os limites do respeito devido a um membro do judiciário.
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