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Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) alerta para o risco de um novo pico da contaminação pela covid-19 nos meses de julho ou agosto por causa, principalmente, da reabertura gradual do comércio em Manaus.
A equipe trabalha com elaboração de um estudo completo que deverá ser divulgado nas próximas semanas. De acordo com estimativa da equipe, apenas a capital do Amazonas pode alcançar o número de 200 mil casos simultâneos da doença, caso seja mantida a reabertura.
Ainda segundo os pesquisadores, a cidade poderá registrar mais 3 mil mortes causadas pela covid-19 com a redução do distanciamento social.
Professor do Departamento de Matemática da Ufam e integrante da equipe de pesquisadores que coordenou o estudo “Curva de Contaminação Covid-19 – Estado do Amazonas”, Wilhelm Alexander Steinmetz, alerta para a gravidade da situação. “Todo dia temos centenas de novos casos. O número de óbitos está bem acima do normal, com cerca de dez por dia. Isto é preocupante.
Dez óbitos por dia causados por uma doença, em tempos normais, seria razão para grande alarme, mas as pessoas naturalizaram esta situação”.
Ontem, dia 22, o Amazonas diagnosticou mais 321 casos de Covid-19, totalizando 63.731 casos confirmados do novo coronavírus no estado, segundo boletim epidemiológico consolidado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
O boletim informa ainda que foram confirmados mais sete óbitos pela doença, dos quais três ocorridos entre sábado e domingo, todos de pacientes que estavam internados em unidade de tratamento intensivo (UTI), e quatro que tiveram confirmação diagnóstica apenas no domingo, elevando para 2.657 o total de mortes. Dos 63.410 casos confirmados no Amazonas até o domingo, 25.103 são de Manaus (39,59%) e 38.307 do interior do estado (60,41%).
Governo
A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informou, por meio de nota, que o plano de retomada gradual de atividades econômicas em Manaus iniciado em 1.º de junho foi definido a partir da avaliação de indicadores epidemiológicos e de assistência, como ocupação de leitos e óbitos por covid-19, que, segundo a secretaria, apresentam números decrescentes na capital do Estado.