*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), batizaram um anfíbio recém-descrito com o nome Dendropsophus ozzyi, em homenagem ao lendário vocalista Ozzy Osbourne, conhecido como o “príncipe das trevas” do heavy metal, que morreu na terça-feira (22). Com cerca de 2 centímetros de comprimento, o Dendropsophus ozzyi chamou atenção por seu canto agudo emitido em frequência de 9 quilohertz, som que lembra o de morcegos e é difícil de ser ouvido claramente pelo ouvido humano. Por essa razão, o animal passou a ser conhecido popularmente como “sapo-morcego”.
O sapo foi observado pela primeira vez em 2008, durante uma expedição na Amazônia conduzida pelos pesquisadores Marcelo Sturaro e Pedro Peloso. Apenas em 2014, após análises detalhadas, o anfíbio foi descrito como uma nova espécie.
Segundo os pesquisadores, o som do sapo-morcego é potente e é gerado graças ao saco vocal inflável do macho — uma espécie de papo que funciona como caixa de ressonância natural, amplificando seu canto durante a noite.
Habitat no Pará e no Amazonas
O sapo-morcego (Dendropsophus ozzyi) é uma espécie endêmica do Brasil, com distribuição conhecida no leste do estado do Amazonas e oeste do Pará. Se caracteriza por ser um anfíbio de hábito noturno e se encontra majoritariamente em arbustos e pequenas árvores.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a espécie foi classificada em 2018 como Menos Preocupante no índice de risco de extinção, conforme as definições da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Isso se deve ao fato de a distribuição da espécie, mesmo que restrita, esteja em áreas bem preservadas, sem ameaças evidentes que a coloquem em risco de extinção.
