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Enterros triplicam e cemitério de Manaus abre valas comuns para vítimas da Covid-19

A decisão foi tomada para evitar novos conflitos entre familiares e imprensa.

Diante do colapso no sistema de saúde do Estado do Amazonas e de uma explosão no número de enterros, o maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para dar conta do sepultamento das vítimas do novo coronavírus.

Antes da pandemia, cerca de 30 corpos eram enterrados diariamente no cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã. Nos últimos dias, foram mais de cem enterros diários.

Comparação

Manaus registrou um aumento de quase três vezes do número de enterros, em comparação ao mesmo período ao registrado em 2019. Segundo o Uol, o levantamento aponta que entre os dias 12 e 19 de abril, 656 enterros foram registrados, dando em média, 82 por dia. Enquanto que em 2019, no mesmo período, eram registrados 28 sepultamentos diários.

Hoje, nas valas comuns, chamadas pela prefeitura de trincheiras, são enterrados diversos caixões, um ao lado do outro. O órgão afirma que essa metodologia preserva a identidade dos corpos, com a garantia do distanciamento entre os caixões e da identificação das sepulturas.

Além de abrir valas comuns, a Prefeitura de Manaus instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para resguardar os corpos antes do enterro.

O objetivo é liberar os carros do SOS Funeral, que deixam os caixões no cemitério e podem atender novos chamados. O serviço é oferecido gratuitamente pelo Estado para quem não tem condições de arcar com os custos da remoção do corpo e do sepultamento.

Diante do aumento da demanda por enterros, a prefeitura informou que o acesso ao cemitério está restrito aos que forem sepultar familiares.

São permitidas cinco pessoas ao máximo nos funerais. “A medida visa preservar a privacidade das famílias enlutadas e também considera o risco de propagação do novo coronavírus”, diz nota do órgão.

O sistema público do Estado colapsou na última semana, com 100% dos leitos para Covid-19 ocupados na rede pública. Os hospitais estão superlotados em Manaus, única cidade com UTI.

Sem conseguir atendimento na rede pública, doentes passaram a pedir na Justiça para serem atendidos na rede privada.

No sábado (18), ao menos duas decisões judiciais foram emitidas obrigando hospitais privados a manter internados na UTI pacientes que pedem que os custos dessa internação sejam bancados pelo Governo do Estado.

Nesta segunda (20), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, reuniram-se com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para discutir a situação do sistema de saúde do Estado.

O prefeito solicitou ao governo federal aparelhos de tomografia, medicamentos como a cloroquina, respiradores, testes rápidos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e aporte financeiro para o hospital de campanha aberto na cidade.

Segundo a prefeitura, serão necessários mais R$ 42 milhões para garantir o funcionamento desse hospital inaugurado em Manaus para o atendimento de pacientes do novo coronavírus.

Na sexta-feira (17), o órgão informou que 22 pacientes estavam internados em leitos intensivos e semi-intensivos no hospital, que é gerido pela Prefeitura e pela iniciativa privada. O objetivo é chegar a 279 leitos.

*Com informações da Folha de São Paulo e do Uol.

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