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Endocrinologista alerta para cuidados com excesso de açúcar nas festas de fim de ano

“Na definição que temos de açúcar, trata-se de carboidrato simples, geralmente doce e solúvel em água, como a sacarose, a glicose e a frutose. Porém, os carboidratos complexos, presentes em quase todos os alimentos (inclusive os tidos como salgados), também elevam o açúcar”.

A afirmação é da endocrinologista Larissa Figueiredo, consultora do Sabin Medicina Diagnóstica, que chama atenção para os perigos dos excessos de açúcar nas festas de fim de ano, não apenas em guloseimas como bolos, tortas e rabanada, mas também em pratos como tender caramelizado, salpicões, farofas e até peru, geralmente ornados com frutas cristalizadas ou em calda.

Isso porque, consumido sem a devida moderação, o açúcar pode causar uma série de complicações no organismo, desde cansaço e envelhecimento da pele até baixa da imunidade, obesidade, diabetes, entre outros problemas mais graves.

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que os brasileiros já consomem, normalmente, 50% a mais do açúcar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto o indicado seria até 12 colheres por dia, a população do país ingere, em média, 18 colheres, porém, nas festas de fim de ano, esse consumo pode ser ainda maior, o que acende o sinal de alerta, especialmente entre os diabéticos.

“Pessoas com diabetes não conseguem fazer a metabolização (absorção) correta do açúcar, e o excesso causa processos inflamatórios em várias partes do corpo. Mas o consumo além da conta afeta também os não diabéticos, fazendo com que o corpo deposite o ‘extra’ sob a forma de glicogênio (reserva de energia) no fígado, levando a esteatose hepática”, explica a endocrinologista Larissa Figueiredo.

A especialista alerta que o perigo não se limita apenas ao açúcar, propriamente (sacarose), mas aos carboidratos de modo geral (frutose, lactose, amido etc.). Segundo ela, o alto consumo desses alimentos pode gerar outras condições nada saudáveis para o corpo.

“Aumenta também os triglicerídeos, o que é um problema grave que pode levar a tonturas, labirintopatias e pancreatite. Além disso, eventualmente, esse açúcar vem com gordura, o que pode aumentar o colesterol e também mexer com o labirinto, bem como gerar crises de enxaqueca, irritações gastrointestinais, como gastrites e doença do refluxo”, ressalta a médica.

Atenção e diagnósticos

Ter atenção ao consumo do açúcar (processado ou in natura) é o primeiro passo para uma vida mais saudável. Porém, caso sinta sede em excesso, vontade constante de urinar, aumento de fome e emagrecimento sem explicação, é importante procurar um profissional médico para entender melhor a situação. Pode ser um início de diabetes. Caso necessário, ele pode indicar exames que avaliam a quantidade do açúcar no organismo.

“São três exames os mais comuns. O primeiro é o de glicose, que avalia o nível glicêmico e mede a quantidade de açúcar na corrente sanguínea. O segundo é o de insulina, que controla a quantidade de glicose no sangue. Já o último é o de hemoglobina glicada, que avalia o nível glicêmico dos últimos três meses”, explica a bioquímica Luciana Figueira, coordenadora técnica do Sabin.

Ela ressalta que os exames de glicose e insulina precisam de jejum de oito horas e estão disponíveis sem a necessidade de agendamento prévio. Ambos tem resultado em até um dia útil. Já o de hemoglobina glicada não precisa de jejum e o resultado sai em quatro dias úteis.

Consumo consciente

Para quem não abre mão das guloseimas, a endocrinologista Larissa Figueiredo esclarece que é possível aproveitar os doces nas festas de fim de ano com a devida moderação. A dica é ter consciência no consumo. “O conselho é ter moderação, assim como tudo na vida. Se quer uma fatia de bolo ou pudim, tudo bem comer. Não vai fazer mal. Não pode é somar pudim, bolo, rabanada e etc” afirma a profissional. Ela destaca, porém, que pessoas com problemas crônicos, como obesidade e diabetes, devem seguir as dietas recomendadas por seus médicos.

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