A equipe de investigação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), sob a coordenação do delegado Rafael Allemand, diretor do Departamento, deflagrou ação policial na manhã desta quarta-feira, dia 12, por volta das 9h, que culminou nas prisões de Andreia da Silva Ferreira, Egenildo da Silva Teixeira e Lizete Pereira da Silva, em cumprimento a mandado de prisão temporária e de busca e apreensão. O trio estava sendo investigado por ser o responsável pelos 143 quilos de cocaína apreendidos dentro de um caminhão, na última sexta-feira, dia 7, no bairro Mauazinho, zona sul da capital.
O resultado da operação policial foi divulgado na tarde de hoje, durante coletiva de imprensa, realizada às 14h30, no prédio do DRCO, situado na avenida Brasil, bairro Compensa, zona oeste de Manaus. Na ocasião, estiveram presentes o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Tarson Yuri Soares, e o delegado Rafael Allemand.
O delegado-geral adjunto destacou o êxito da ação realizada pelo Departamento e afirmou que o trabalho da Polícia Civil irá continuar para combater o crime organizado no estado. “Hoje, tivemos mais um excelente trabalho realizado pelo DRCO que, durante três meses de investigação, chegou até os infratores e desarticulou esse esquema criminoso, vamos continuar nosso trabalho”, afirmou ele.
Conforme o diretor do Departamento, Rafael Allemand, a apreensão do entorpecente ocorreu na última sexta, após as equipes do DRCO receberem denúncias, informando que um caminhão de mudanças estava transportando a droga entre os móveis do frete e que o mesmo estaria em via pública, no endereço mencionado. Com base nisso, a Receita Federal (RF) foi acionada e o cão farejador descobriu a substância ilícita no interior do veículo. A droga está avaliada em R$ 2 milhões.
“Questionado pela nossa equipe, o motorista do caminhão informou que apenas recebeu ordens de transportar os móveis para o estado do Pará e que não sabia a origem do material ilícito. Descobrimos que eles utilizaram o documento de um militar para efetuar o traslado da droga de forma legal, sem levantar desconfiança, porém o homem já havia sido transferido e está morando em Brasília, desde 2019”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com a autoridade policial, o trio possui uma empresa especializada em transportes e mudanças, com sede em Manaus e uma filial no município de Tabatinga (distante 1.108 quilômetros em linha reta da capital).
As investigações apontaram que eles têm um contrato com as Forças Armadas, onde faziam a transferência de militares de Tabatinga para Manaus ou para outro estado, sendo assim, eles se aproveitavam da situação para armazenar drogas dentro dos móveis, entre cocaína e maconha do tipo skunk.
O esquema criminoso já ocorria há cerca de dez anos.
Prisão
Após intenso trabalho investigativo, as equipes descobriram a identidade dos responsáveis pela droga. O delegado relatou que, na manhã desta quarta-feira, os policiais conseguiram cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão em nome do trio, e as ordens judiciais foram cumpridas em Manaus, Iranduba e Tabatinga.
Na ocasião, foram apreendidos três veículos, sendo um da marca Chevrolet S10, um Hyundai HB20 e outro da Volkswagen, modelo Gol, todos obtidos com dinheiro do crime.
“O inquérito Policial (IP) irá continuar e vamos trabalhar para descobrir quem são os responsáveis pela droga em Tabatinga e quem iria receber o material ilícito em Manaus”, afirmou ele.
Indiciamento
Andreia, Egenildo e Lizete foram indiciados por tráfico de drogas interestadual e associação para o tráfico. Ao término dos procedimentos cabíveis, o trio será levado para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde deverão passar por audiência de custódia.