*Da Redação Dia a Dia Notícia
O marido da blogueira Cileide Moussallem, o empresário Janary Wanderlei Gomes Rodrigues, possui ligação com a empresa privada do ramo da saúde Hapvida Assistência Médica Ltda, que teve contrato de R$ 87 milhões rescindido pelo Governo do Amazonas por ineficiência no atendimento a servidores da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc-AM). As informações são da Revista Cenarium.
De acordo com a Cenarium, a relação se dá por meio da Provisa Corretora de Seguros Ltda, que tem Janary como sócio-administrador e, consequentemente, Cileide é beneficiada pelos ganhos da empresa por serem casados. A corretora vende opções de planos de saúde da operadora de saúde Hapvida, conforme site oficial da empresa, na qual as duas pessoas jurídicas aparecem como parceiras.
Ineficiência no atendimento
Após apresentar ineficácia na prestação de serviços de saúde a colaboradores da Seduc-AM, assim como o risco de falência, a Hapvida NotreDame Intermédica teve o convênio suspelo pelo Governo do Amazonas em dezembro de 2022.
O contrato foi firmado pela Seduc para fornecer atendimento médico aos servidores da pasta, na capital e no interior do estado, que somavam, aproximadamente, 20 mil beneficiários. O valor do contrato era de R$ 87 milhões.
Diante deste cenário, a Seduc rescindiu, em 2023, o contrato com a Hapvida, conforme mostra publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 1° de março daquele ano. A rescisão do contrato ocorreu, segundo consta na Portaria GS N° 179, a partir de relatório da Comissão Permanente de Apuração de Irregularidades Contratuais (Caic).
Alvo do MPF
Ainda de acordo com a Cenarium, a relação entre a Hapvida Sistema de Saúde e a Provisa Corretora de Seguro Ltda virou alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF), no ano de 2016. A procuradora da república Marisa Varotto Ferrari instaurou um inquérito civil contra a corretora, sob a suspeita dos sócios da empresa não serem corretores licenciados.
A medida decorreu de uma denúncia anônima recebida pelo Sistema Cidadão, indicando um esquema de corrupção entre as empresas e irregularidades na atuação da corretora, que estaria operando sem que seus sócios fossem corretores habilitados.
O inquérito civil contra a Provisa tramitou por cerca de dois anos no MPF-AM até que, em 2018, a Procuradoria da República promoveu o arquivamento da denúncia.