A empresa Eneva está perto de anunciar compra do polo de Urucu, da Petrobras, localizado na Bacia do Solimões (AM), de acordo com a coluna de Lauro Jardim do O Globo.
A Petróleo Brasileiro S.A. anunciou em 26 de junho de 2020, o início do processo de venda do Polo Urucu, que compreende sete concessões de produção de petróleo, condensado e gás natural, a saber, Araracanga, Arara Azul, Carapanaúba, Cupiúba, Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste de Urucu, localizados nos municípios de Tefé e Coari, Estado do Amazonas, na Bacia do Solimões. Se a Eneva comprar mesmo, dobrará de tamanho.
A produção média do Polo (com base no primeiro trimestre) é de 16.525 barris de óleo e condensado por dia e 14,281 milhões de m3 de gás natural por dia, além de 1,137 mil toneladas por dia de gás liquefeito de petróleo (GLP). Além das concessões e suas instalações de produção, estão incluídos na transação as unidades de processamento da produção de petróleo e gás natural e instalações logísticas de suporte à produção.
O Ministério de Minas e Energia (MME) esclarece que a decisão compete exclusivamente à empresa e faz parte da sua estratégia de otimização de portfólio e melhoria de alocação do capital, concentrando os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, principalmente no polígono do pré-sal, com um maior retorno financeiro.
Este Ministério e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que faz a fiscalização dos contratos de concessão para exploração e produção de petróleo e gás natural, vem acompanhando o processo de desinvestimento da Petrobras. A cessão de direitos sobre estes campos está em linha com a Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural estabelecida pela Resolução CNPE nº 17/2017.
A expectativa é que a cessão de direitos sobre estes campos para uma outra empresa resulte, cada vez mais, em maiores e mais rápidos investimentos no desenvolvimento de novos sistemas de produção e revitalização daqueles já implantados, incluindo a perfuração de novos poços, gerando significativo aumento da produção, recolhimento de participações governamentais para a União, Estado e Municípios, bem como a ampliação da geração de empregos, trazendo renda direta e indireta ligada à ampliação destas atividades. Já contamos com inúmeros exemplos exitosos desse processo, ao redor do País.
É importante destacar que para o 2o ciclo da Oferta Permanente de Áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural, único leilão a ser realizado pela ANP neste ano, foi viabilizada a inclusão de 16 blocos na Bacia do Amazonas, bem como o Campo de Juruá na Bacia do Solimões. Serão mais investimentos para o Estado do Amazonas. O desinvestimento da Petrobras no Polo de Urucu pode viabilizar parcerias que tornem os projetos exploratórios no Estado do Amazonas ainda mais interessantes, contribuindo para o sucesso do 2o ciclo da Oferta Permanente de Áreas.
*Com informações do Ministério de Minas e Energia.