Search
booked.net
Search
Close this search box.

Empresa de lavanderia do Hospital Nilton Lins atua sem contrato e já recebeu R$ 24,5 milhões da Susam

Segundo os deputados da CPI, desde 2017, a Norte Serviços Médicos já arrecadou cerca de R$ 24,5 milhões por serviços de diversos tipos prestados à Susam, incluindo jardinagem

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde colheu, nesta quarta-feira (1º), o depoimento de Carlos Henrique Alecrim John, procurador da Norte Serviços Médicos, empresa que presta serviços de lavanderia para o Hospital de Campanha da Nilton Lins, mesmo sem a existência de contrato escrito com a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam).

O procurador Carlos Alecrim afirma que a empresa já lavou 44 toneladas de roupas de cama, o equivalente a 3,5 mil quilos por dia. O pagamento, que ainda não foi feito, é estimado em R$ 70 mil mensais, que será cobrado por meio de processo indenizatório ao Governo do Amazonas.

De acordo com o procurador, o setor de compras Susam procurou a empresa por e-mail para fazer uma cotação do serviço, em 8 abril. Dez dias depois, a empresa já foi solicitada para realizar a lavagem dos materiais utilizados no Hospital, mesmo sem leitos preparados, serviço que começou a ser prestado de imediato por acordo verbal.

Segundo os deputados da CPI, desde 2017, a Norte Serviços Médicos já arrecadou cerca de R$ 24,5 milhões por serviços de diversos tipos prestados à Susam, incluindo jardinagem.

A proprietária, Criselidia Bezerra de Moraes, adquiriu a empresa por R$ 5 milhões, de um rapaz de 22 anos. De acordo com o presidente da CPI, deputado Delegado Péricles, a comissão vai requerer à Receita Federal informações sobre a origem desse dinheiro.

“Há fortes indícios de ilegalidades e superfaturamento nos serviços prestados por essa empresa que, inclusive, já foi beneficiada por outros inúmeros processos indenizatórios na esfera pública. Queremos informações sobre essa empresa, saber o que a Receita pode nos fornecer de dados que esclareçam ainda mais essa situação”, afirmou o presidente da CPI, Delegado Péricles.

De acordo com o parlamentar, a empresa que alegou ter lavado toneladas de roupas no hospital de campanha, quando esse tinha apenas quatro pacientes registrados, deverá nos próximos dias esclarecer questões quanto a sua capacidade para atender a demanda, mas principalmente, como sempre é a diretamente beneficiada pelo estado para os mais diferentes tipos de serviços prestados, processos que vão de jardinagem a serviços médicos.

“Há claramente indícios de que há alguém por trás de tantos donos, que os altera de acordo com necessidade, mas que detém de fato toda a influência, poder de negociação e verba. Vamos apurar isso. O senhor Carlos deve ser chamado outras vezes. É surpreendente e suspeita a quantidade de qualificações que essa empresa alega ter para prestar tantos e diferente serviços e sempre ser a escolhida”, concluiu.

*Com informações da assessoria

 

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.