*Da Redação Dia a Dia Notícia
O candidato à reeleição para a presidência da França, Emmanuel Macron, se consagrou o vencedor da disputa. Segundo as projeções dos institutos de pesquisa, o centrista derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen por uma margem menor que a eleição anterior. Macron conseguiu 58% dos votos válidos, enquanto Le Pen recebeu 42%.
Na opiniã de analistas políticos, o atual presidente se beneficiou da alta rejeição de Le Pen entre os eleitores de outros candidatos. Ao final do primeiro turno, a maioria dos candidatos declarou apoio a Emmanuel Macron para barrar a direita radical de chegar ao poder. O único a apoiar Le Pen abertamente foi o outro candidato de extrema-direita, o jornalista Éric Zemmour.
Em discurso a apoiadores, Marine Le Pen reconheceu a derrota, mas afirmou que o resultado “ainda é uma vitória para seu partido” e acrescentou que continuará sua luta nas eleições legislativas em junho de 2022.
Números
Emmanuel Macron é o primeiro presidente da 5ª República Francesa a ser reeleito desde o conservador Jacques Chirac, falecido em 2019. Chirac chegou ao poder pela primeira vez em 1995 e foi reeleito em 2002 com votação recorde de 82%. Adversários históricos de partidos de esquerda apoiaram a eleição de Chirac para derrotar o candidato de extrema-direita Jean-Marie Le Pen, pai de Marine Le Pen.
Nas estatísticas de votação, Macron ganhou em todas as faixas etárias, com exceção dos eleitores com idade de 50 a 59 anos. O presidente ganhou mais votos entre os idosos com mais de 70 anos, com 71% contra 29% de Le Pen. A segunda maior votação foi entre os jovens de 18 a 24 anos, com Macron recebendo 61% dos votos contra 39% de Le Pen.
Agradecimento
Em frente à Torre Eiffel, em Paris, Emmanuel Macron fez seu discurso de vitória a apoiadores. O presidente reeleito agradeceu a seus eleitores e sua equipe de campanha.
“Depois de cinco anos de transformações, de momentos felizes e difíceis, de crises excepcionais também, neste dia 24 de abril de 2022, a maioria de nós escolheu confiar em mim para presidir nossa República pelos próximos cinco anos”, afirmou.
O candidato eleito também acenou para os eleitores de Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, reconhecendo que o voto útil deles o levou à vitória.
“Sei que muitos de nossos compatriotas votaram em mim hoje, não para apoiar as ideias que tenho, mas para bloquear a extrema-direta”, disse Macron.