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Em segundo dia de campanha, candidatos a presidente da República encontram apoiadores e divulgam propostas

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Os candidatos à Presidência da República iniciaram a campanha eleitoral divulgando suas propostas e marcando posição no noticiário político ao longo desta quarta-feira (17/08). Dos 12 nomes na disputa, nove nomes divulgaram agenda eleitoral. Entre eles estão os principais candidatos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Função social dos bancos

Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Em encontro com empreendedores na cidade de São Paulo, o ex-presidente Lula defendeu que os bancos públicos renegociem as dívidas adquiridas na pandemia por pequenos e microempresários. Segundo o candidato petista, o governo não pode “deixar que vocês morram por causa das dívidas que vocês contraíram por conta da pandemia. Portanto, nós vamos ter que levar muito em conta e muito a sério essa questão da negociação da dívida de vocês”.

Lula defendeu que os bancos públicos façam parte das políticas sociais em um eventual governo e defendeu o enquadramento do Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil parece bonzinho se tiver orientação governamental. Porque se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil pensa como banco privado. É preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil”, disse.

O petista defendeu a mesma orientação para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o qual deveria “deixar de fazer empréstimo para grandes empresas” e “se dedicar para emprestar para pequenos e médios empresários, para pequenos e médios empreendedores. Porque o restante pode tomar empréstimo em dólar em qualquer lugar, mas o pequenos não tem jeito”. O ex-presidente, contudo, afirmou que essa mudança de orientação não deve causar prejuízos às instituições financeiras.

Em entrevista a uma rádio mineira, também nesta quarta-feira (17/08), Lula afirmou que, se eleito, pretende recriar o Bolsa Família, que deve voltar a levar em consideração aspectos como saúde e educação das famílias que estão no programa.

“Nós vamos voltar a ter um Bolsa Família mais sério, com cadastro único. Uma coisa responsável, com condicionantes para as pessoas que recebem. Aí, sim, a gente vai poder ter tranquilidade que vai ter o dinheiro necessário para fazer as políticas sociais. É importante que a criança esteja na escola, que esteja vacinada. Se [a mãe] estiver gestante que esteja fazendo todos os exames necessários”, afirmou Lula.

Ensino básico

Felipe D’Ávila, candidato do partido neoliberal Novo. Foto: Reprodução/Facebook

Candidato do Partido Novo, o empresário Felipe D’Ávila almoçou com representantes do membro Brasil Competitivo na cidade de São Paulo. No encontro, ele defendeu a melhora do ensino básico para aumentar a produtividade da economia brasileira e a igualdade de oportunidades.

“O ensino profissionalizante no ensino médio é muito importante, a formação de professores também é fundamental. Temos que mudar radicalmente o curso do magistério no Brasil, tem que ter mais equilíbrio das aulas práticas e teóricas”, afirmou.

Ao apresentar seu plano de governo, o presidenciável disse que é necessário o combate à pobreza extrema e afirmou ser possível erradicá-la em quatro anos. “É absolutamente possível. É só pegar o que está sendo gasto com auxílio emergencial e focar nos realmente mais pobres”.

D’Avila também pontuou a relevância da pauta do meio ambiente se for eleito, pois, segundo ele, governos e mercados chegaram à conclusão de que o mundo tem que entrar numa economia de baixo carbono até 2050. Ele destacou o combate ao desmatamento e a recuperação de áreas degradadas como medidas cruciais para cumprir as metas pactuadas pelo Brasil.

“O Brasil tem 50 milhões de hectares de área degradada. Se a gente replantar 3 milhões de hectares, nós já vamos ser a primeira nação carbono zero do mundo. É um enorme potencial para o Brasil recuperar sua credibilidade internacional”, disse.

O candidato ainda defendeu a pauta da modernização e da competitividade do Brasil, com a simplificação do sistema tributário para abrir a economia.

“No nosso plano de governo, colocamos como uma das nossas metas principais a abertura unilateral da economia brasileira. Será gradual. Mas ao criar um timeline, você cria um senso de urgência. Criando um senso de urgência, você mobiliza o setor privado a pressionar o Congresso a aprovar matérias que não saem do papel, como a reforma tributária, a desregulamentação da economia”.

Igualdade na disputa eleitoral

Vera Lúcia Salgado foi lançada pelo PSTU, partido de esquerda de inspiração trotskista. Foto: Gustavo Conde

Candidata do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Vera Lúcia Salgado defendeu que haja “garantias de igualdade” na disputa eleitoral de 2022. Com um partido sem representação no Congresso, e em nenhuma outra casa legislativa do país, a candidata afirma que para a democracia avançar, de fato, é preciso garantir mais espaço para candidaturas de menor porte na propaganda eleitoral gratuita.

Vera Lúcia reiterou a defesa da democracia e repudiou tentativas de desrespeito ao resultado das urnas.

“Ontem, durante a posse do ministro Alexandre de Moraes no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], falou-se em defesa da democracia e em respeito às urnas. Mas onde estamos, em meio a um processo eleitoral em que candidaturas, como a minha, estão fora da propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio, e dos grandes debates televisão?”, questionou. “A democracia tem que começar dando garantias de igualdade na disputa”.

Vera Lúcia, defendeu a retomada do aumento do auxílio emergencial e que ele tenha um valor de, pelo menos, um salário mínimo. Uma medida, de acordo com a candidata, que tem o objetivo de combater a fome de forma imediata, e deverá ser estendida enquanto durar a crise.

Segundo a candidata, para resolver de forma definitiva o problema da fome e da carestia no país, será necessário acabar com o desemprego, garantindo pleno emprego e diretos trabalhistas. “Para isso, é necessário reduzir a jornada de trabalho sem reduzir os salários. Duplicar o salário-mínimo rumo ao mínimo do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] e impor um gatilho salarial de acordo com a inflação”.

De acordo com o (Dieese), em julho o salário-mínimo necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.388,55. Vera também defendeu a estatização das grandes empresas a fim de “colocá-las para funcionar de acordo com os interesses da população”.

Futuro incerto

Pablo Marçal, do Pros, deve ter sua candidatura retirada. Foto: Reprodução/YouTube

Mesmo com o partido em vias de retirar sua candidatura, o coach Pablo Marçal (Pros) reuniu-se com candidatos a deputados estaduais e federais do partido nesta quarta-feira. Diante do questionamento à sua candidatura, apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma ala do Pros que defende a coligação com o PT e o apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, Marçal disse ser vítima de perseguição, e que “a própria democracia estará em jogo, caso o TSE aceite o cancelamento de uma convenção legal”.

Segundo ele, a tentativa de exclusão de sua candidatura “abre brecha para comprometimento do processo eleitoral”. Em nota, ele denuncia o que classifica como “manobras políticas e jurídicas” para impedir sua participação no pleito eleitoral.

“Há uma mobilização daqueles que querem outra opção que não Lula e [o candidato à reeleição Jair] Bolsonaro, mas forças não tão ocultas querem deletar nossa candidatura. Nossa resposta será primeiro nas ruas e depois nas urnas”, disse.

 

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Imposto Único

Foto: Reprodução/Facebook

A candidata do União Brasil, senadora Soraya Thronicke, defendeu em seu primeiro vídeo de campanha que todos os outros candidatos possuem “propostas genéricas em várias temáticas” importantes para a eleição.

“Nós chegamos com uma proposta concreta de crescimento econômico e de combate à pobreza, que é acabar com os impostos federais e implementar, por exemplo, um só tributo, beneficiando a maioria, que são os mais pobres”, disse a candidata.

Soraya também comentou que sua campanha na TV envolverá o compartilhamento de soluções concretas com o cidadão e que pretende fazer o Brasil voltar a ser um país “humanizado e desenvolvido”.

Investimento público

Sofia Manzano, candidata do PCB, partido da esquerda radical. Foto: Leo Zanini

Candidata do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Sofia Manzano defendeu que o sistema de saúde do país seja 100% público. A proposta está inclusa no seu plano de governo, registrado no sistema do Tribunal Superior Eleioral (TSE), o qual tem como premissa o conflito de interesses entre a ideologia neoliberal e os direitos dos trabalhadores, da juventude e da população pobre.

A candidata comunista afirma que sua candidatura defende “a expansão do sistema público de saúde, com a reversão das privatizações e revogação dos contratos de todas as organizações sociais de saúde (OSS) no setor, bem como estatização de todo o setor privado de saúde, incluindo a rede de assistência”.

Sofia também afirma que, caso seja eleita, ampliará os investimentos públicos no setor de saúde, inclusive visando a expansão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantã para outros estados. Para atingir este e outros objetivos, a ideia é investir o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde pública.

Sofia acrescenta que seu programa prevê “a proibição das comunidades terapêuticas e o fortalecimento do SUS [Sistema Único de Saúde] dentro da perspectiva da luta antimanicomial”.

“As comunidades terapêuticas devem ser banidas. São prisões anticientíficas para o tratamento psíquico. Vamos reequipar e fortalecer a RAPS com extensão para todas as cidades, bairros e distritos do Brasil, com concurso público”, disse.

Renda mínima de mil reais

Foto: Felix Lima//BBC News Brasil

Nesta manhã, o candidato Ciro Gomes (PDT) fez uma caminhada no município de Santana do Parnaíba, região metropolitana de São Paulo, ao lado da chapa pedetista ao governo estadual. Na ocasião, Ciro relembrou um dos pilares de sua campanha, o programa de renda mínima. A iniciativa foi batizada em homenagem ao vereador e ex-senador Eduardo Suplicy, do PT paulista.

“Aqui no Cento e Vinte nós repisamos nossa prioridade, o programa de renda mínima, de cidadania, Eduardo Suplicy. Mil reais para todos os domicílios da pobreza brasileira que têm uma definição. Quem ganha por cabeça R$ 417 por mês passará a ter direito constitucional, como elemento previdenciário, com receitas arrecadadas pelo Estado, para resolver o problema”, disse ele durante a caminhada.

Ciro, que também estava acompanhado de vários candidatos a deputado federal e estadual do partido, afirmou que seu programa de governo visa a construção de “um Brasil para todos”.

“Aqui nós viemos sinalizar aquilo que é o compromisso fundamental do projeto nacional de desenvolvimento: construir um Brasil para todos, um Brasil equilibrado, justo, onde cada setor da vida nacional tenha uma oportunidade de visualizar seus interesses, sua estratégia, de ter esperança no futuro”.

O candidato a presidente pelo PDT destacou o compromisso do seu projeto de governo em acabar com a pobreza, “erradicar a miséria, a fome, a doença e todas as sequelas da sociedade mais injusta, de pior distribuição de renda do mundo”. À tarde, o candidato do PDT deverá gravar seu programa eleitoral. As campanhas pela televisão e rádio terão início no dia 26 de agosto.

Conclusão de creches e Auxílio Brasil

Foto: Divulgação/Simone Tebet

Candidata do MDB, a senadora Simone Tebet visitou uma creche administrativa situada em Brasília. Ao afirmar que educação será prioridade, caso seja eleita, a candidata defendeu a conclusão de todas as escolas e creches inacabadas.

“Ao lado dos prefeitos, vamos concluir todas as escolas e creches inacabadas. São mais de 2 mil. Estamos falando de algo em torno de R$ 1,5 bilhão, quase R$ 2 bilhões, não é muita coisa. E vamos fazer parcerias com os municípios, especialmente nas creches e na primeira infância”, disse.

Saneamento básico foi outro tema abordado pela candidata na manhã de hoje. Ela lembrou que o Congresso Nacional aprovou o marco legal do saneamento. A norma prevê que até 2033 todas as cidades terão que ter pelo menos 90% de esgoto tratado no Brasil, além do fim dos lixões até 2026, e a universalização da água.

“Nós sabemos que a cada R$1 que colocamos em saneamento básico, nós economizamos R$4 em saúde pública, sabemos que a cada esgoto tratado é menos criança morrendo, é menos mortalidade infantil”, ressaltou.

Sobre o pagamento do Auxílio- Brasil, a presidenciável disse que, se eleita, vai continuar com o programa, mas defendeu que o valor de R$600 seja apenas o piso do benefício.

“Vamos ter como piso R$600 e para os miseráveis, valores diferenciados a depender do tamanho da família. Dinheiro tem, ele só está sendo desviado por corrupção ou pelo orçamento secreto, nós vamos redesenhar o orçamento brasileiro”, disse.

Simone Tebet ressaltou ainda que, em um eventual governo dela, vai recriar o Ministério do Planejamento e resgatar o dinheiro público para dentro do Executivo

Escolas técnicas nas periferias

Leo Péricles, candidato da legenda de esquerda Unidade Popular. Foto: Manu Coelho

Léo Péricles, candidato da Unidade Popular (UP), panfletou em três pontos de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, dialogando com estudantes e trabalhadores sobre suas propostas. No início da manhã, o candidato esteve na porta do Cefet de Minas Gerais, onde conversou com professores, técnicos administrativos e alunos sobre suas ideias para a educação técnica e superior. Péricles defende a suspensão do pagamento da dívida pública para redirecionar esses recursos para a área social, o que inclui a educação.

“Trata-se de se investir no que já temos, construir novas escolas técnicas e universidades e, inclusive, descentralizar escolas técnicas, levando-as a todos os rincões, grandes periferias e interiores desse país”, disse.

Em seguida, o candidato esteve no Mercado Central de Belo Horizonte, onde continuou a panfletagem e discutiu propostas como a revogação das reformas trabalhista e previdenciária. Léo Péricles também conversou com micro e pequenos empresários sobre a necessidade programas de governo que os atendam com crédito barato e investimentos e defendeu a estatização do sistema bancário.

No final da tarde e início da noite, o presidenciável do Unidade Popular esteve na entrada do campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Coração Eucarístico para levar suas propostas aos estudantes que saíam do turno da tarde e chegavam para o turno da noite.

Demais presidenciáveis

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se com prefeitos de vários estados no Hotel Royal Tulip, na capital federal. Até o momento, não foram divulgadas as pautas ou fotos do encontro.

Candidato da Democracia Cristão, o ex-deputado José Maria Eymael, nomeado na urna como Constituinte Eymael, se reuniu com lideranças internas do partido na sede em São Paulo. Já Roberto Jefferson (PTB), atualmente em prisão domiciliar, não divulgou agenda.

*com informações de Agência Brasil e Folha de S. Paulo

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