Em qual ordem assistir aos filmes sobre caso de Suzane von Richthofen?
Os filmes, gravados ao mesmo tempo pela mesma equipe e elenco, têm a proposta de narrar as diferentes versões dadas pelos autores de um dos crimes mais infames do Brasil.
Um dos lançamentos mais aguardados do Amazon Prime Video em setembro é a dobradinha ‘A Menina que Matou os Pais’ e ‘O Menino que Matou Meus Pais’. Protagonizados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt, os filmes estrearam nessa sexta-feira (24), reconstituindo o chocante caso de Suzane von Richthofen. Em 2002, junto de seu namorado Daniel Cravinhos, a jovem se declarou culpada pelo assassinato brutal de seus pais. Mais de 18 anos depois, o crime chega às telonas em duas versões diferentes – a primeira pelo olhar de Daniel; a segunda sob a perspectiva de Suzane.
18 anos depois
“Honrar pai e mãe”, diz um dos dez mandamentos da Bíblia. O livro sagrado do cristianismo é categórico ao afirmar que os pais são figuras quase divinas e, por isso, devem ser sempre respeitados. Por isso, quando os patriarcas de uma família tida como perfeita são brutalmente assassinados a mando da própria filha, é de chocar todo o Brasil. E foi exatamente isso o que aconteceu em 2002, quando Suzane von Richthofen arquitetou a morte dos próprios pais ao lado do namorado Daniel Cravinhos e o cunhado, Christian, por espancamento.
Quase 20 anos se passaram desde o crime, mas o rumoroso caso nunca deixou a mídia por completo e diferentes conteúdos já abordaram o assassinato.
Precisa de dois filmes?
Ambas produções mostram os acontecimentos entre o momento que Suzane e Daniel se conheceram, em agosto de 1999, até o crime ser cometido, em outubro de 2002. Com o roteiro de Ilana Casoy e Raphael Montes, os filmes são baseados nos autos do processo e nos depoimentos dados pelo casal durante o julgamento — ou seja, cada um traz uma versão. “A Menina Que Matou os Pais” é narrado por Daniel Cravinhos, interpretado por Leonardo Bittencourt, e expõe o que foi dito pelo réu no tribunal.
Em sua visão, Suzane era manipuladora, se aproveitava do dinheiro da família e enchia o aeromodelista de presentes, tinha problemas com as figuras paternas e, principalmente, foi quem teve a ideia de assassinar os próprios pais, que não permitiam o namoro.
Já em “O Menino Que Matou Meus Pais”, acompanhamos Suzane von Richthofen, vivida por Carla Diaz, se declarar como a filha perfeita, que foi levada para as drogas e convencida a apoiar o assassinato dos pais pelo namorado menos abastado financeiramente, quando tinha apenas 18 anos.
Cada um dos títulos serve de contraponto ao outro, além de mostrar as contradições do que cada um deles disse. Suzane disse que era virgem quando começou a namorar com Daniel, e revela que sua primeira vez não foi o que ela esperava, com um “príncipe encantado”. Já o ex-namorado relatou que ela já tinha tido relações sexuais antes dele, e que não a pressionou em nada.
De acordo com o diretor Mauricio Eça,o recomendável é começar assistir o O Menino que Matou Meus Pais e, em seguida, A Menina que Matou os Pais.
“Eu já assisti em todas as ordens possíveis, e o Raphael [Montes] concorda comigo que essa talvez seja a melhor. Mas pode funcionar do outro jeito também”, avalia o diretor.
Ainda assim, ele insiste que não há uma sequência exata. “É preciso assistir aos dois filmes, já que eles se complementam e trazem visões diferentes”, afirma. “Nesse quebra-cabeça, nós pensamos: ‘Por que ele [Daniel Cravinhos] não fala disso?’ Talvez porque, em seu depoimento, isso não fosse tão importante para a sua verdade quanto para a verdade de Suzane.”
Em todo caso, a dobradinha estará disponível no Prime Video. O elenco ainda conta com Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros e Vera Zimmerman.
*Com informações do Uol.
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