Um grupo de mulheres saiu às ruas de Cabul neste domingo (19) para protestar pelo direito de trabalhar e estudar. A concentração ocorreu em frente à sede do antigo Ministério da Mulher, extinguido pelo regime Talibã desde a retomada do Afeganistão pelo grupo. O prédio foi convertido em um novo ministério, denominado “para Promoção da Virtude e Prevenção do Vício”.
O ato ocorre no mesmo dia em que o prefeito interino da capital afegã, Hamdullah Namony, afirmou que as funcionárias municipais de Cabul foram proibidas de trabalhar e ordenadas a ficar em casa pelo Talibã.
Segundo Namony, somente as mulheres cujas funções não podem ser substituídas por homens foram autorizadas a ir ao trabalho – isso inclui, por exemplo, profissionais qualificadas de alguns departamentos municipais, bem como funcionárias de banheiros públicos femininos.
Meninas proibidas de retornar à escola
Com ordens do Talibã para que somente meninos e professores homens voltassem às escolas, alunas secundaristas foram excluídas do retorno às aulas no país.
As Nações Unidas disseram estar “profundamente preocupadas” com o futuro da escolaridade feminina no Afeganistão.
“É fundamental que todas as meninas, incluindo as mais velhas, possam retomar sua educação sem mais atrasos. Para isso, precisamos de professoras para retomar o ensino”, afirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
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*Com informações de DW Brasil