*Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS – O prefeito reeleito em Careiro Castanho (a 86 quilômetros de Manaus), Nathan Macena (Republicanos) anunciou uma megafesta para comemorar a reeleição e a passagem de ano no município do interior amazonense. De acordo com levantamento da REVISTA CENARIUM, o evento pode chegar ao valor de R$ 400 mil, com as atrações nacionais Mayara e Maraísa e o cantor gospel Fernandinho.
Mesmo em meio à pandemia e com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,557, considerado abaixo da média do Amazonas (0,674), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o prefeito do município localizado na Região Metropolitana de Manaus não se intimidou em anunciar os shows.
“Festa da vitória e virada do ano, todos estão convidados!!”, escreveu Nathan Macena, em uma publicação na rede social Facebook. O gestor também compartilhou um vídeo-chamada para o espetáculo.
Assista ao vídeo:
Cachê
Segundo os sites Observatório de Música, do UOL, e TV Foco, especialistas em celebridades e artistas, o cachê da dupla sertaneja Mayara e Maraísa e do cantor gospel Fernandinho, chega a, respectivamente, R$ 300 mil e R$ 60 mil, podendo aumentar ou diminuir conforme a região.
A REVISTA CENARIUM não encontrou publicação da Prefeitura de Careiro no Diário Oficial dos Municípios (DOM) sobre a contratação dos artistas.
Covid-19
No Amazonas, a Covid-19 já matou 4.876 e infectou 177.800 pessoas até esse sábado, 28, de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). O município de Careiro tem 2.090 casos do novo Coronavírus, sendo 24 óbitos confirmados pela doença.
Conforme levantamento da REVISTA CENARIUM, os nove estados da Amazônia Legal registram mais de 1,1 milhão de casos da Covid-19 e juntos somam mais de 25 mil mortes. Pará, Mato Grosso, Maranhão e Amazonas são os que mais possuem vítimas da doença. Em todo o País, há mais de 6,2 milhões de casos, sendo 172.561 óbitos.
De acordo com avaliação do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualizado na quinta-feira, 26, o aumento de casos e óbitos de Covid-19 no Brasil entre 8 e 21 de novembro ainda não pode ser chamado de segunda onda, mas deve servir de alerta para reforçar o sistema de saúde.
O boletim destacou, ainda, que a ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva para Covid-19 continuou em uma tendência de piora, com Amazonas (86%) e Espírito Santo (85,1%) na zona de alerta crítica.
Diante do cenário, os pesquisadores da fundação ressaltaram a importância de uma estratégia de enfrentamento da pandemia que articule a vigilância em saúde, com testes e identificação ativa de casos e contatos, isolamento dos casos, quarentena dos contatos.
“Tais medidas, destacam os pesquisadores, devem ser combinadas a outras, como distanciamento social e de redução da exposição da população a situações de risco de transmissão do Sars-CoV-2, causador da Covid-19”, enfatiza a Fiocruz.