*Da Redação Dia a Dia Notícia
Maiana Martins de Oliveira, 36, em perfeito estado de saúde tentou por três vezes (sem sucesso) engravidar e dar um irmão para o filho primogênito. Diante da impossibilidade de engravidar, Maiana já havia desistido de ter o segundo filho, até que uma prima muito próxima se ofereceu para gestar o bebê. Três embriões foram inseminados na barriga solidária, e todos os três foram fecundados.
Assim como a mãe, Álax, Aquiles e Ayana nasceram na Maternidade Unimed Manaus – unidade que pertence a cooperativa de saúde que é pioneira em medicina privada no estado do Amazonas. Eles nasceram no dia 6 de maio e permanecem na UTI Neonatal da maternidade, onde Maiane vai, diariamente e, com auxílio do Método Canguru, pega no colo, amamenta, dá carinho e aconchego.
Desde a confirmação da gravidez, Maiana e a prima (barriga solidária) estão sendo acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada pela obstetra Sigrid Cardoso, a fonoaudióloga Georgeth Míglio e pediatra neonatologista Regina Sodré Fernandes, que, além de se dedicarem aos cuidados médicos do pré-natal, cada um na sua especialidade, prepararam Maiana para cuidar dos seus bebês após o nascimento.
Com o acompanhamento que recebeu desde o pré-natal dos trigêmeos, junto com a prima (barriga solidária), Maiana já está amamentando os bebês normalmente. Aquiles – o caçula da turma, o último a nascer – foi o primeiro a mamar.
De acordo com a médica pediatra e neonatologista, Regina Sodré Fernandes, que acompanhou Maiane em consultas pediátricas pré-natal, destaca a importância do preparo dela para a amamentação dos trigêmeos. As mamas foram preparadas para que, quando os bebês nascessem, também começassem a lactação.
“Como ela não teve a gestação, utilizamos técnicas para induzir a lactação. Uma equipe multidisciplinar formada por obstetra, pediatra, fonoaudiólogo e psicólogo atuaram durante o pré-natal. O preparo deu certo e a resposta foi muito favorável”, explica Regina Fernandes.
A médica conta, ainda, que uma estrutura técnica e jurídica foi organizada, antecipadamente, na Maternidade e na UTI Neonatal para o nascimento dos trigêmeos.
“Foi tudo excelente. Só o fato de eu não ter que precisar ficar explicando o procedimento, que eu sou a mãe e a minha prima que teve a gestação, já foi muito bom”, afirma Maiana.
Sobre a prematuridade dos bebês, Regina Fernandes explica que, desde o início, havia a possibilidade da gestação alcançar o termo – completar o ciclo dos nove meses – então, tudo foi organizado antecipadamente. “Não houve surpresa com o nascimento prematuro, porque já estávamos com tudo organizado”, afirma.
Método Canguru
Embora não tenha sido surpreendida com a prematuridade do nascimento dos trigêmeos, porque o primeiro filho nasceu com 36 semanas de gestação, Maiana confessa que tudo é novidade com eles.
“Agora é tudo novo. Estou aprendendo a cada dia que se passa. A equipe está sempre atenta, atenciosa, me ensinado como agir a cada situação nova que se apresenta. Trocar fralda, não é de frente como a gente costuma fazer, é de lado; amamentar, posicionar no berço, tudo é diferente. Todo dia eu aprendo uma coisa nova em relação a como lidar com eles. Mas é prazeroso”, garante.
A mamãe de Àlax, Aquiles e Ayana se emociona ao falar sobre como está sendo o relacionamento com eles nesse período, de quase um mês, em que estão na UTI Neonatal, e afirma que o Método Canguru, aplicado na Unimed Manaus, tem tornado o relacionando com os trigêmeos muito prazeroso e gratificante.
“A prematuridade tem a impossibilidade de ter contato direto com os bebês. A gente vai lá, olha, pega na mãozinha, mas, o Método Canguru faz toda a diferença. Nos permite ter a emoção de pegar ele no colo, pôr no peito para mamar. É muito lindo, a gente estar lá vendo eles e verificar que tudo deu certo, ou melhor, está dando certo. Dá uma paz, na verdade, alívio de saber que agora vai. É muito gratificante”, diz Maiana, entre lágrimas.
“O Aquiles é o caçula, foi o último a nascer, mas foi o primeiro que mamou no peito e fez bonito”, acrescenta a Maiana, sobre a experiência de colocar o filho no colo, na posição Canguru, para amamentar.
A médica Regina Fernandes explica que, a Maternidade Unimed Manaus, foi a primeira da rede privada de saúde a aplicar o Método Canguru, ainda em 2013, nas três etapas.
“Mesmo depois que o bebê recebe alta da UTI, ele continua sendo acompanhado no consultório Canguru até atingir 2,5 quilos. Então, a mãe fica bem segura, porque ele é reavaliado, duas, três vezes por semana, só depois é que ele vai para casa em definitivo. Esse cordão a gente demora um pouquinho a cortar, porque fazemos questão de aplicar o método completo”, afirma.
Banco de leite
Além do Método Canguru, Maiana também conta com o suporte do banco de leite materno da Maternidade Unimed Manaus para amamentar os trigêmeos.
“Minha produção é boa, mas não suficiente para atender aos três bebês. Eles também estão recebendo leite do banco de leite”, conta.
Assim como aconteceu em relação ao Método Canguru, a Unimed Manaus foi o primeiro hospital da rede particular a implantar um posto de coleta de leite e uma sala de processamento de leite humano, em 2015.
“Recebemos o leite, processamos e enviamos para o banco de leite público Fesinha Anzoategui, e recebemos de volta já pasteurizado para manter o estoque regular e alimentar os prematuros que estão na UTI Neonatal da Maternidade. Ou então, coletamos o leite da própria mãe e, fracionamos, e para dar ao bebê. E, caso a produção dessa mãe não seja suficiente para necessidade do bebê, disponibilizamos o leite pasteurizado, como é caso da Maiana, que não produz o suficiente para atender aos três bebês, eles estão recebendo o leite do banco”, explica Regina Fernandes.
*Com informações da Assessoria