O preço do gás de cozinha (GLP) foi reajustado em 5,05% nas refinarias das Petrobras e o aumento já chegou às revendas do produto em Belo Horizonte, onde o botijão de 13kg é vendido, pela nova tabela, ao preço máximo de R$ 110 em alguns municípios do Amazonas, enquanto o cilindro de 45kg passou a custar R$ 365.
O reajuste é o segundo deste ano e tudo indica que novo aumento deve ser aplicado este mês, impactando ainda mais o custo de vida do brasileiro num contexto de desemprego e queda de renda.
No início do ano, a Petrobras já havia anunciado um aumento de 6% para o GLP, também corrigido em 5% no início de dezembro passado. O gás de cozinha encerrou o ano passado com alta de 9,24%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso representa mais que o dobro da inflação geral registrada em 2020, de 4,52%. Nas refinarias, o aumento do combustível chegou a 21,9%. Apenas neste ano, a alta acumulada nas refinarias já passa de 10%.
Em Manaus, no início da pandemia, o gás de 13kg era comercializado por R$ 69 em média. Hoje, o mesmo botijão e vendido por preços que variam de R$ 88 a R$ 110 em casos mais extremos. Nos últimos 12 meses, o aumento acumulado do gás é de aproximadamente 9%.
“Somado a essa pressão nos alimentos, que compromete a renda das famílias, principalmente aquelas que têm renda mais baixa, nós tivemos constantes altas no preço do gás, que é um item mais do que necessário nessa nova condição de home office e de crianças em casa”, assinala a economista Thaize Martins, pesquisadora-chefe do IPCA.