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Em Manaus, bebê resgatado após ser usado como pagamento para o tráfico de drogas tinha atestado de óbito falso

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

A Polícia Civil do Amazonas investiga um caso de suposto tráfico de pessoas envolvendo um bebê de 20 dias de idade, resgatado nesta terça-feira (20), no bairro Santa Etelvina, zona Norte de Manaus. As irmãs Ester Naissa Soares Tavares, de 24 anos, e Vitória Laissa Soares Tavares, de 22 anos, foram presas durante a operação Salvaguarda, acusadas de participação no esquema. A delegada Juliana Tuma, responsável pelo caso, revelou que, além do tráfico de pessoas, as investigações também incluem crimes de falsificação de documento público e falsidade ideológica.

Segundo a delegada, o caso começou a ser investigado após a mãe biológica da criança, de 19 anos, comparecer à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) apresentando um atestado de óbito falso, tanto em formato físico quanto digital. O documento, emitido no Rio de Janeiro, afirmava que o bebê havia falecido, o que inicialmente confundiu os investigadores. “Ela chegou apresentando o atestado de óbito falso, o que nos impediu de compreender o que estava acontecendo naquele primeiro momento. O que levantou nossas suspeitas foi o fato de a criança, tendo 20 dias de nascida, ainda não ter sido registrada, motivando as investigações”, explicou Tuma.

Durante as investigações, a mãe biológica confessou que o crime foi premeditado pelas irmãs devido a uma dívida, possivelmente relacionada ao tráfico de drogas na área. A delegada informou que a mãe chegou a solicitar a devolução da criança, afirmando que pagaria a dívida de outra forma, mas o pedido foi recusado.

Vitória Laissa foi identificada como a intermediadora do crime, orientando a mãe biológica a apresentar o documento falso na maternidade, evitando assim o registro da criança e facilitando a apresentação do atestado de óbito falso na delegacia. “Nós tivemos acesso às mensagens que comprovam a versão contada pela mãe biológica, e que ela e sua família estavam sendo ameaçadas de morte”, revelou Tuma.

Após ficar com a criança, Vitória entregou o bebê para Ester, que assumiu a responsabilidade de cuidar da vítima e enviava as mensagens ameaçadoras. Em depoimento, Ester mencionou brevemente que não poderia engravidar, mas depois permaneceu em silêncio, exercendo seu direito de não se incriminar.

A delegada Juliana Tuma destacou que o comportamento das irmãs aponta para um esquema de tráfico de pessoas, e não apenas uma adoção irregular. “Tudo isso foi desmascarado após a apresentação desses documentos falsos, mostrando justamente a premeditação”, concluiu.

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