Em entrevista ao programa “Conversa com Bial” nesta terça-feira (26), William Bonner desabafou sobre casos de agressão verbal e constrangimento em locais públicos que já passou.
“A polarização política chegou a um ponto em que minha presença em determinados locais públicos era motivadora de tensões. Quando eu percebi isso, percebi isso de maneira ruim, dentro de farmácia, de livraria, na calçada. Fui agredido verbalmente, insultado, desafiado dentro de uma padaria, numa manhã de sábado, no bairro da Lagoa. Uma cidadã embriagada se viu no direito de não apenas me insultar em público, mas ela fazia a um palmo e meio de distância do meu rosto. E eu não posso reagir a isso”, comentou.
Bonner contou que hoje não usa mais redes sociais, apenas quando é necessário no trabalho. “Eu era um frequentador do Twitter, eu acho que fui um dos primeiros entre colegas a abrir uma conta de Twitter e não usava para trabalho, era para me divertir. Só que também acompanhei uma mudança de ambiente ali. O que era uma diversão boba, infantil mesmo, foi se transformando em um campo de batalha. Eu hoje muito raramente eu entro em rede social. Entro às vezes por dever de ofício. E eu ainda hoje me assusto com o ódio que escorre nas palavras mal escritas, cuspidas”, disse.
Fraude
Na última semana, o apresentador revelou que o CPF de seu filho havia sido fraudado e usado para solicitar o auxílio emergencial de R$ 600. Mesmo sem pertencer ao grupo de pessoas com direito ao benefício, o pedido foi aprovado.
Com lágrimas nos olhos, ele conta: “Tive apenas o objetivo de apresentar uma denúncia, mas coisas estranhas aconteceram. Circularam, ainda, pela internet, vídeos que o acusavam de ter feito o pedido e recebido. Tinha gente chamando meu filho de cafajeste. Era uma coisa que transbordava um ódio. E me questionavam: ‘Não vai fazer nada? Vai ficar quietinho?’ Mas isso não faz sentido, fui eu quem denunciei”, revelou.
“Meu filho tem sido alvo de estelionato há três anos desde que sofreu um acidente de carro. E alguém, acho que foi um bombeiro, pegou a habilitação dele e divulgou na internet para, supostamente, denunciar que o documento estava fora da validade”, contou Bonner. “Só que, aquela era a primeira habilitação do meu filho e ele estava dentro do prazo para pegar a próxima, inclusive com prova marcada”, explicou.