*Da Redação Dia a Dia Notícia
Um levantamento realizado pelo Instituto Semesp, com base em dados do Censo Demográfico 2010 e do Balanço do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta um aumento de quase 374% nas matrículas de universidades por pessoas que se declaravam como descendentes de povos nativos em 10 anos.
No total, o número de alunos indígenas passou de 9.764, no ano de 2011, para 46.252 no ano de 2021, um aumento de cinco vezes.
Mesmo com o salto significativo, os indígenas universitários representam 3,3% dos mais de 1,4 milhão de pessoas que se identificam como indígenas no país, de acordo com dados parciais do Censo Demográfico de 2022. Em relação ao total de alunos no ensino superior, eles são somente 0,5%.
Dados do Censo da Educação Superior apontam ainda, que no ano de 2021, apenas 428 dos mais de 483 mil professores do ensino superior eram indígenas.
No mês de abril deste ano, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) formou no município de São Gabriel da Cachoeira, 68 estudantes indígenas e não indígenas nos cursos de Arqueologia, Gestão Ambiental e Gestão de Alimentos. Entre os formandos estavam membros das etnias Baré, Baniwa, Cabocla, Dessanos, Korrripaco, Kubeo, Piratapuia, Tariana e Tukano.