O empresário Luciano Hang, dono da Havan, afirmou nesta quarta-feira (29), durante seu depoimento à CPI da Covid, que só ficou sabendo sobre a omissão da causa da morte de sua mãe, Regina Modesti Hang, pela própria CPI.
A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a partir de um dossiê de 15 médicos que trabalharam para o plano de saúde da operadora Prevent Senior, que teve acesso ao atestado de óbito de Regina, que morreu aos 82 anos, em fevereiro após ficar internada com sintomas de Covid-19.
“Fiquei sabendo através da CPI que tanto o atestado de óbito quanto o prontuário da minha mãe foi pego. E que lá no atestado de óbito não constava Covid. Eu sou leigo, não sei o que tem que botar no atestado de óbito. Segundo eles, quem preencheu o atestado de óbito foi o plantonista. No dia seguinte, a comissão de controle de infecção hospitalar viu o erro do plantonista”, afirmou Luciano Hang.
No primeiro prontuário médico, que foi entregue à família, constava que Regina teria morrido em decorrência de uma pneumonia bacteriana.
Apesar do acontecimento, o empresário afirmou que fez tudo que podia para salvar sua mãe, que decidiu interna-la pela rede Prevent Senior, porque foi indicado por amigos e que tem “total confiança nos procedimentos adotados pela empresa”.
Nesta quarta, no entanto, ao prestar depoimento, o empresário confirmou que ficou sabendo do caso a partir da CPI e que, ao observar que realmente não havia menção à Covid no atestado de óbito, procurou a Prevent Senior. A operadora, então, segundo Hang, forneceu um documento diferente com a informação da doença, alegando erro de um médico plantonista.