*Gabriela Brasil – Da Redação do Dia a Dia Notícia
A mobilização que reuniu centenas de pessoas contra as políticas de gestão do presidente Jair Bolsonaro, ontem (29), na Praça da Saudade, em Manaus, foi marcada por diversas pautas, entre elas, a vacinação em massa da população contra a Covid-19, o fim dos cortes de gastos na educação e também a ampliação de empregos na cidade.
Com cartazes e faixas, os manifestantes também responsabilizaram Bolsonaro pelas mais de 450 mil mortes pela Covid-19 e pediram a saída do presidente do cargo.
No país inteiro, protestos contra o presidente Jair Bolsonaro foram liderados por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda que reuniram milhares de manifestantes em várias cidades, incluindo em Manaus.
O presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), João Victor Barros, afirmou ao Portal Dia a Dia Notícias que a mobilização nacional Tsunami da Educação defende a vida, a educação e a saúde que estão ameaçadas pela política do presidente Jair Bolsonaro.
“O presidente da República ameaça mais uma vez cortar os recursos da educação, então nossa manifestação tem como objetivo protestar contra isso e também contra as irresponsabilidades que o governo vem enfrentando atualmente na pandemia. Por exemplo, o presidente da república negou a compra de milhares de vacinas que poderiam imunizar o povo brasileiro. Então, se o povo não é imunizado acaba sofrendo com o caos da saúde do nosso país, tanto é que a gente ultrapassa a marca de 450 mil mortos pela pandemia da Covid-19, então nossa manifestação gira principalmente em torno da defesa da vacina, em torno da educação e da saúde do nosso povo” disse Barros.
O tsunami da Educação surgiu em 2019 a partir das mobilizações contra o corte de renda das universidades federais que já estavam em andamento na época. Esta é a primeira mobilização presencial desde o inicio da pandemia. De acordo com o presidente da UEE, para a segurança dos manifestantes, foram distribuídos materiais de prevenção contra a Covid-19, como máscaras PFF2 e o álcool em gel. Também houve a recomendação do distanciamento de 1,5 m entre cada participante.
“A gente sabe que precisa manter o cuidado com a vida do povo, então a manifestação ocorre tanto de forma presencial, quanto de forma virtual”, disse o presidente da UEE. O movimento também contraindicou a manifestação para as pessoas que possuem comorbidades, para as assintomáticas da covid-19, como também, para àqueles que apresentavam sintomas de gripe.
Nem o temporal que atingiu a capital amazonense chegou a atrapalhar a concentração dos manifestantes. Pouco depois, as nuvens se dissiparam e o calor voltou.
Durante todo o protesto, os participantes usaram máscaras. A maioria respeitou o distanciamento social recomendado.
O coordenador da frente Brasil Popular, Yann Evanovick, defendeu que a mobilização do último sábado não se assemelha com as outras que aconteceram no Brasil, as quais eram a favor do presidente da república.
“O presidente Jair Bolsonaro organiza atos dizendo para não usar máscara, então aqui tá de fato uma contradição principal. Esse é um ato que defende a ciência e não de quem desrespeita a ciência, que não usa a máscara e não utiliza álcool em gel”, disse.
Juventude
Já o presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), Matheus Conceição, disse que a manifestação tem como objetivo defender a vacinação, emprego, educação e alimentação para toda a população. Para Conceição, um dos resultados que buscam alcançar com a manifestação é poder chamar a atenção da sociedade para essas pautas.
” É um momento que não podemos ficar quietos. Temos que botar nossa máscara no rosto, pegar no álcool em gel e vir para a rua dizer que não dá mais para ter um presidente irresponsável como esse, que nega a pandemia e diz que é uma gripezinha até hoje, vive recomendando cloroquina para o povo e que não compra vacina. O povo precisa de vacina, precisa de comida, de emprego e educação”, afirma o presidente estadual da UJS.