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Eleições para presidência da Câmara e Senado Federal movimentam Brasília nesta quarta-feira (1º)

*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia

Nesta quarta-feira (1º/2), após a posse dos deputados federais e senadores da República, as duas casas legislativas elegem os presidentes que ficarão à frente da Câmara e Senado pelos próximos dois anos. Enquanto na Câmara o cenário é de vitória fácil para a reeleição do atual presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL), no Senado a disputa ficou acirrada na última semana, classificada como um terceiro turno das eleições de 2022 por colocar, em lados opostos, os candidatos Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente e apoiado por Lula (PT), e Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiado pela oposição.

Com um esquema de segurança reforçado desde os ataques bolsonaristas de 8 de janeiro, a posse dos parlamentares será a primeira missão do novo secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. O Congresso Nacional também teve a segurança reforçada para a posse, com mais credenciamentos e detectores de metal.

Casa baixa

Na Câmara Federal, a posse está marcada para ocorrer às 10h (horário de Brasília) e a eleição para presidente, para as 16h30. O deputado amazonense Átila Lins (PSD), parlamentar com mais mandatos da casa, presidirá as sessões solenes.

O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, construiu uma aliança ampla que vai desde o Partido dos Trabalhadores, de Lula, ao Partido Liberal, de Bolsonaro. O alagoano espera uma votação recorde, com nenhuma oposição minimamente capaz de derrotar seu bloco. A única legenda a se posicionar contra Lira foi o Partido Socialismo e Liberdade (PSol), que lançou a candidatura do deputado Chico Alencar (RJ), apoiados pela Rede Sustentabilidade.

Alencar declarou à imprensa que Lula pagaria caro por apoiar Arthur Lira e comparou o atual chefe do Centrão ao ex-deputado Eduardo Cunha, eleito presidente da Câmara em 2014 quando era filiado ao PMDB e patrocinador da queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Há ainda a possibilidade de outros nomes à direita lançarem candidaturas. Dois nomes são ventilados nos bastidores: Marcel Van Hattem (Novo-RS), concorreu à última eleição de presidente da Câmara, mas teve apenas 13 votos no primeiro turno; e Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), apelidado de ‘Príncipe’, apoiado por bolsonaristas mais extremistas do PL.

Os membros da bancada amazonense já declararam apoio à reeleição de Lira, desde que ele apoie pautas de interesse do estado.

O bloco de Arthur Lira, além do PT e de parte do PL, é composto pelos partidos:

  • Republicanos;
  • Progressistas (PP);
  • Partido Democrático Trabalhista (PDT);
  • União Brasil (União);
  • Partido Comunista do Brasil (PCdoB);
  • Partido Verde (PV);
  • Partido Socialista Brasileiro (PSB);
  • Podemos;
  • Partido Social Cristão (PSC);
  • Patriota;
  • Solidariedade;
  • Partido Republicano da Ordem Social (Pros);
  • e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Casa alta

Em contraste com a tranquilidade de Arthur Lira na Câmara, a eleição para o Senado está bem mais disputada. O atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco, conquistou o apoio de seu partido, o PSD, e das bancadas do PT, PDT, Rede e MDB.

No último dia 28, o PL lançou o nome de Rogério Marinho para a disputa, com apoio do PP e do Republicanos, partidos que estiveram na coligação de Jair Bolsonaro em 2022. Na tarde desta segunda-feira, o ex-ministro bolsonarista recebeu o apoio do PSDB. O líder do partido no Senado, Izalci Lucas (DF), afirmou em entrevista que a maior parte da bancada tucana apoiaria Marinho.

Os três senadores restantes do PSDB, após a saída de Mara Gabrilli para o PSD, são Izalci, Alessandro Vieira (SE) e Plínio Valério (AM). Izalci e Alessandro manifestaram apoio a Rogério Marinho. Sem declarar abertamente, especula-se que Plínio Valério vote em Eduardo Girão (Podemos-CE), terceiro candidato à presidência do Senado, mas com nenhuma expressividade real.

As duas candidaturas contam com traições para aumentar o número de votos. Do mesmo partido de Pacheco, o senador de Rondônia Samuel Araújo (PSD), suplente do senador licenciado Marcos Rogério (PL), afirmou que irá votar em Rogério Marinho, a quem apontou ter um “perfil conciliador”.

Outra parlamentar de um partido do bloco de Pacheco que apoiará Rogério Marinho é Ivete da Silveira (MDB-SC), suplente do ex-senador Jorginho Mello (PL), que deixou a casa alta do Legislativo após ser eleito governador de Santa Catarina.

Marinho e Pacheco contam também com a divisão de votos no União Brasil e Podemos. O último, além de Eduardo Girão, tem em seus quadros os senadores Oriovisto Guimarães (PR), Styvenson Valentim (RN) e Marcos do Val, simpáticos ao governo Bolsonaro e que tendem a apoiar o ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

No restante da bancada amazonense, como membros da base do presidente Lula, os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) devem apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco. O PSD de Omar continuaria com a presidência do Senado e o MDB de Braga com a vice-presidência, ocupada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

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