*Da Redação Dia a Dia Notícia
Sem o general Hamilton Mourão, que se filiou ao Republicanos para concorrer ao senado pelo Rio Grande do Sul, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve indicar outro general para ser seu vice-presidente na campanha pela reeleição: o ministro da Defesa Walter Braga Netto.
Ainda sem nomeá-lo, o presidente afirmou em entrevista à rádio bolsonarista Jovem Pan que o escolhido para ser seu vice é natural de Minas Gerais, estudou em colégio militar e que a decisão ocorrerá após a reforma ministerial no fim do mês. O ministro da Defesa se encaixa nas características apontadas por Bolsonaro. Braga Netto é militar de carreira, nascido na capital mineira Belo Horizonte.
“Obviamente, vocês vão tomar conhecimento de quem vai ser meu vice, apesar de [a definição] ser só em agosto, pelas possíveis saídas de ministro (sic) agora dia 31 de março. Não quero adiantar agora o nome dele”, disse o presidente.
Perfil ideal
O presidente Bolsonaro afirmou ainda durante a entrevista que busca um vice-presidente que o ajude a governar e que não tenha “ambições” de tomar o seu lugar. A fala vai de encontro às ideias de seus auxiliares, os quais indicam que um vice militar ajuda a evitar um processo de impeachment.
O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, comentarista do programa do qual participou Bolsonaro, defendeu a escolha de Braga Netto, a quem chamou de “grande general, um homem leal” ao presidente, “competente, sério, e acima de tudo muito discreto e eficiente”.
A escolha de um militar vai contra os desejos dos políticos do bloco partidário conhecido como Centrão. Representados no governo pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), os parlamentares almejavam colocar uma figura mais conciliatória com a política. A mais cortejada para a posição era a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), a qual deve concorrer ao Senado Federal pelo Mato Grosso do Sul.