A eleição que vai definir quem vai ocupar dez cargos da Mesa Diretora da Câmara foi adiada para amanhã. Ontem, após ser eleito presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anulou a eleição para os demais cargos, retirando partidos da oposição de cadeiras importantes no comando da Casa, conforme a reportagem do UOL.
Lira argumentou que houve atraso no registro do bloco do adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). O PT só conseguiu registrar a participação no bloco às 12h06 (de Brasília). O prazo se encerrava às 12h.
A nova eleição estava marcada para as 18 horas de hoje, mas há um impasse entre o grupo de Lira e partidos aliados a Baleia na disputa.
Há uma tentativa de acordo sobre a Mesa, mas ainda não foi batido o martelo. Líderes de partidos do bloco de Baleia passaram o dia em reuniões para decidir o que fazer.
Uma nova reunião do colégio de líderes foi agendada para as 17 horas e a eleição ficou para amanhã, às 10 horas.
Ontem, partidos da oposição ameaçaram judicializar a questão, entrando com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal). Hoje, após reuniões, os líderes decidiram tentar primeiro uma saída política para o impasse.
O tamanho dos blocos é importante porque influencia a divisão dos cargos na Mesa, distribuídos proporcionalmente ao tamanho dos blocos.
O acordo que está sobre a mesa é que o bloco de Baleia seria considerado, sem o PT, como um ato de “boa vontade” pelo bloco de Lira na distribuição de cargos da Mesa.
Com isso, o grupo do presidente da Câmara ficaria com quatro cargos: primeira e segunda vice-presidência e primeira e segunda secretaria. O PSDB, que fazia parte do bloco de Baleia, ficaria com a terceira secretaria e o PT, com a quarta secretaria.
Membro do bloco de Baleia, o PSB ficaria com uma das quatro suplências. Os demais cargos ficariam com partidos do bloco de Lira.
