A partir de hoje estarei apresentando aqui conteúdos relacionados a um tema que vem dominando o mercado, ganhando cada vez mai espaço nas empresas e também no setor público: ESG (Environmental, Social and Governance, traduzido para Ambiental, Social e Governança). A sigla, com estes três pilares, tem sido cada vez mais pesquisada segundo o Google Trends, registrando um crescimento de 1900% em buscas nos dois últimos anos. Não é à toa que diversas instituições ensino têm oferecido especializações e conteúdo sobre o tema, que é transversal e pode ser trabalhado em todas as áreas.
De cara alguns podem pensar: mas que tema chato! Não, para! A proposta aqui é apresentá-lo de forma leve, do zero, para que todos possam conhecer melhor o que a sigla traz e entender a importância de seus pilares para o planeta. Aqui vamos mostrar também cases pelo Brasil e pelo mundo.
Para começar, vou explicar como surgiu o ESG: o tema está diretamente ligado ao mercado financeiro. Tudo começou em 2004, quando o ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, desafiou 50 presidentes das maiores instituições financeiras do mundo a trabalharem em soluções que integrassem fatores sociais, ambientais e de governança, com resultados que impactassem positivamente a população até 2030.
A partir desta iniciativa, fatores sociais, ambientais e de governança começaram a fazer parte das análises de mercado, direcionando investidores sobre a aplicação de seus recursos. Isso significa que se uma empresa investe em ESG ela é melhor avaliada no mercado? Sim, mas os investimentos precisam ser reais.
E sabe como o ESG pode influenciar a vida das pessoas? Por meio dos investimentos realizados por organizações comprometidas. Até porque o ESG está diretamente ligado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Milênio (ODS) da ONU. Explico: Enquanto os ODS são objetivos, com metas, para um mundo mais justo, igualitário e ambientalmente responsável, com foco também em 2030, o ESG oferece diretrizes para que empresas e organizações, inclusive públicas, alcancem esses objetivos – firmados em pacto global em 2015.
Tem muita coisa legal pra gente expor, se inteirar e discutir. No próximo artigo, avançamos um pouco mais.
Por Elendrea Cavalcante, Comunicóloga
Jornalista, com especialização em ESG e Sustentabilidade Corporativa e também em Comunicação Empresarial e Marketing. Possui mais de 20 anos de atuação no mercado de Comunicação, com ampla experiência em jornais, agências e setor público. Foi subsecretária de Comunicação do município de Manaus, onde também atuou em outros cargos de gestão. As experiências acumuladas no serviço público e no campo corporativo levaram-lhe à paixão pelo ESG, associando-o à Comunicação.